“Comunicar-se”, que é um direito constitucional do cidadão brasileiro, e basicamente uma das características primordiais do ser humano, definitivamente vem sendo negligenciado no distrito ilheense de Inema.
Isso quando nos referimos às tecnologias que vieram para facilitar tal ato.
As coisas por lá andam na contramão. Por exemplo, falar no celular, ao contrário de boa parte do planeta, é algo impraticável, visto que inexistem antenas que propiciem sinal para isso.
Tal situação suscitou a falácia “engabelosa” de alguns políticos locais, que prometeram, mas a coisa ainda não se configurou como realidade.
Destaque para a cena pastelão ocorrida essa semana na localidade, motivando sentimentos de alegria e revolta na comunidade, em um curto espaço de tempo. Técnicos foram até lá, levaram o material para que uma antena fosse instalada, para a felicidade geral. Só que, descobriu-se que era um equívoco, pois tratava-se de uma antena de internet, e que ela deveria ser montada na cidade de Coaraci, vizinha ao distrito.
E foi engabelação mesmo, já que a Vivo se limitou a justificar que a instalação de uma antena em Inema, talvez, componha os seus próximos planos de expansão. Talvez.
Para piorar, até mesmo a telefonia fixa costuma deixar os moradores na mão e, dos 16 orelhões existentes, apenas um funciona. Se os moradores tiverem sorte.
Isolados da sede por 100 km, resta aos moradores , caso queiram entrar em contato com localidades mais distantes, recorrer aos antigos métodos de comunicação: Bilhetes, cartas e afins.