O governador da Bahia, Rui Costa, afirmou que as universidades não serão mais obrigadas a suspender as aulas. O anúncio foi feito durante o programa Papo Correria, transmitido nas redes sociais, na noite desta terça-feira (27). Por causa da pandemia, as aulas estão suspensas desde março na Bahia.
“O que nós vamos fazer é determinar uma série de prerrogativas para esse retorno as aulas. Nós vamos exigir metade da lotação das aulas, exigir álcool gel nos corredores das escolas. Vamos voltar, em tese, por grupo. O primeiro é no nível superior. Quando digo voltar é liberar para voltar porque cada universidade para definir como vai voltar e seu calendário. O que faremos é retirar a restrição do retorno”, disse o governador.
Na transmissão, o governador explicou que cada instituição decidirá se retomará ou não as atividades, “mas não podemos colocar a condicionante de que as aulas só voltam quando tiver vacina por que se não 2021 também ficará sem aula”.
Mais cedo, Rui Costa havia dito que a liberação das aulas ocorrerá por grupos. O primeiro será o formado pelas instituições do ensino superior. Ele contou também que designou o secretário de Educação da Bahia, Jerônimo Rodrigues, e o secretário de Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas, para tratarem sobre o assunto e buscarem uma data.
“Eu designei o secretário [de educação] Jerônimo e o secretário Fábio para tentar reunir hoje ou amanhã e anunciar para a imprensa que nós definimos, conversamos inclusive com o município de Salvador, que nós faremos por grupos de escola. Inicialmente, por grupo das universidades de ensino superior, e aí em seguida o ensino médio. Nós vamos primeiro startar, liberar. Não é determinar, porque cada faculdade, cada universidade, tem sua autonomia para definir quando começa. Mas os secretários estaduais e municipais vão alinhar isso hoje ou amanhã e anunciar para a imprensa a partir de que dia estará liberado para a definição e a escolha de cada faculdade e cada universidade”, falou Rui.
“Aí nós vamos aguardar alguns dias também, para ver qual é o comportamento que terá. Sempre monitorando o número de caso, a demanda de leitos hospitalares, para em seguida liberar o nível médio. Então nós vamos por grupos, para ir, como diz o ditado, pegando no pulso, para ver como está a consequência dessa progressiva e lenta abertura, para ver se estar tendo reação”, complementou.
Desde que o primeiro caso da Covid-19 foi registrado na Bahia, na cidade de Feira de Santana, no dia 6 de março, várias medidas foram tomadas pelo governo para tentar frear a contaminação pelo vírus. Uma delas foi a suspensão das aulas.
Recentemente, o governo renovou o decreto que suspende as atividades nas instituições de ensino, e alterou de 100 para 200 o número permitido de pessoas em eventos.
Até esta terça, conforme o boletim divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), a Bahia já tinha 347.721 casos confirmados da doença desde o início da pandemia. As mortes chegam a 7.519, o que representa uma letalidade de 2,16%. [G1 BA]