O juízo da Vara do Júri de Ilhéus aceitou denúncia por homicídio contra Hugo David Cirino dos Santos, autor dos disparos que mataram Breno Fontes Silveira Carvalho, de 18 anos, e feriram Michelle Fontes Silveira, 42, mãe de Breno, na madrugada de 6 de dezembro de 2022, após uma briga ao lado do Mar Aberto, na zona sul ilheense. Breno foi ferido no pescoço e faleceu em consequência do ferimento, no dia 11 de fevereiro deste ano, no Hospital Regional Costa do Cacau. Michelle sobreviveu.
Hugo apresentou-se à Polícia Civil no dia 8 de dezembro e confessou a autoria dos disparos, alegando legítima defesa de terceiro. Segundo a sua versão, ele atirou para impedir que Breno e outra pessoa continuassem a bater em um amigo com quem foi ao Mar Aberto.
A briga teria sido iniciada quando Breno foi reclamar de homens que urinaram na parede da casa onde morava, ao lado do mesmo bar. O amigo de Hugo teria sido um deles.
Já Michelle contou outra versão à Polícia Civil. Ela disse que estava em casa e ouviu a confusão na porta. Saiu e deparou com o filho sob a mira de Hugo. Nesse momento, se pôs à frente de Breno e também foi baleada. Ela foi ferida no abdômen, no punho e na lombar.
O Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) discordou da tese segundo a qual Hugo teria agido em legítima defesa quando efetuou os quatro disparos e o denunciou por homicídio qualificado.
O juiz Gustavo Henrique Almeida Lyra, titular da Vara do Júri, considerou haver indícios necessários para iniciar o processo penal. “O inquérito contém depoimentos que indicam autoria e laudos técnicos que delineiam a possibilidade de ocorrência material da conduta descrita na peça acusatória”, escreveu o magistrado ao tornar réu o investigado, em decisão do dia 1º de junho. Hugo responde ao processo em liberdade. Informações do Blog Pimenta.