Na sequência de uma tragédia que abalou a comunidade de Itabuna, a mãe de Ana Luiza Rangel Silva, 18 anos, residente no bairro São Caetano, prestou uma entrevista explosiva, questionando duramente a conduta médica no tratamento da filha, que veio a óbito devido à dengue hemorrágica (confira aqui).
Emocionada e indignada, a mãe revelou detalhes angustiantes sobre a jornada de sua filha através do sistema de saúde. Desde a primeira visita à Unidade de Pronto Atendimento (UPA), na quinta-feira anterior ao trágico desfecho, até sua internação no Hospital de Base Luís Eduardo Magalhães no domingo seguinte, a mãe de Ana Luiza descreve uma série de lapsos e negligências.
O relato da mãe revela que, apesar dos sintomas alarmantes apresentados pela jovem desde sua primeira visita à UPA, incluindo dores intensas nas costas e alterações no pulmão, os médicos não tomaram medidas eficazes para investigar adequadamente a gravidade do caso. Ela afirma que pediu repetidamente por exames, como um raio-x, na tentativa de entender a causa das dores e do desconforto de sua filha, mas esses pedidos foram negados.
A entrevista levanta questões sobre a qualidade do atendimento médico e a falta de protocolos claros para lidar com casos graves, como a dengue hemorrágica. A mãe de Ana Luiza critica não apenas a falta de ação dos profissionais de saúde, mas também a atribuição da causa da morte de sua filha a dengue hemorrágica, sem evidências claras de que esses foram os sintomas que ela apresentou.