O programa “Mais Futuro”, política de assistência estudantil do Governo do Estado da Bahia, tem sido alvo de críticas de estudantes universitários. O benefício é uma das principais políticas de assistência estudantil desenvolvidas pelo governo estadual, para estudantes que se encontram em condições de vulnerabilidade socioeconômica
Uma das principais questões levantadas pelos estudantes é que ao atingir 66,6% do curso, eles deixam de ser beneficiários do “Mais Futuro” e saem da responsabilidade da Secretaria de Educação. A lista desses estudantes é encaminhada para outros programas do governo, como o Partiu Estágio. No entanto, o número de vagas ociosas nesses programas é incerto, gerando incertezas e inseguranças para os estudantes.
Os Diretórios Centrais dos Estudantes (DCEs) das universidades estaduais da Bahia, incluindo o DCE UESC, pautam a necessidade de mudanças no programa e a extensão do benefício até o final do curso, em vez de limitá-lo ao período inicial. Os estudantes também pedem a criação de um programa de permanência estudantil que garanta suporte durante todo o curso.
Diante desse cenário, o diretório convocou uma audiência pública na Assembleia Legislativa da Bahia no dia 25 de abril para discutir a reformulação do programa e apresentar suas demandas. Além disso, foi solicitado o apoio da Reitoria para garantir o transporte dos estudantes até o evento.
A equipe do site do Ilhéus 24h, entrou em contato com a Secretaria de Educação da Bahia, na qual, em nota, ressaltou que desde a criação do programa em 2017, tem feito alterações na lei para atender às demandas dos beneficiários. Uma dessas alterações foi a criação de outras oportunidades de atividade acadêmica, como extensão e intervenção social, como substituição ao estágio. Buscamos contato com a Reitoria da Uesc e com a Assistência estudantil, mas não tivemos retorno.
Atualmente, o “Mais Futuro” atende a 8.793 estudantes ativos nas quatro universidades estaduais da Bahia e já investiu mais de R$ 215 milhões no programa. Segundo a secretaria, o orçamento do governo estadual para o programa em 2023 é de R$ 45 milhões.