Uma manifestação popular tomou as ruas de Ilhéus nesta quarta-feira (30), contra o racismo estrutural e à violência contra a mulher. O evento ocorreu na Praça Pedro Mattos, em frente ao Teatro Municipal, logo após a audiência pública da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) realizada no mesmo local.
O ato, que reuniu uma multidão engajada, trouxe à tona questões cruciais que assolam a sociedade, com foco especial no assassinato brutal de Mãe Bernadete, uma líder quilombola cuja vida foi ceifada em 17 de agosto. A manifestação também ecoou a indignação contra atos de racismo e intolerância, notadamente o caso Joanes, que ainda deixa marcas profundas na comunidade. Além disso, a depredação de pontos culturais da cidade, exemplificada pela triste situação da Praça Mãe Laura Sandoyá, também foi abordada.
Discursos marcantes ecoaram por todo o espaço, vindos de notáveis representantes dos movimentos negros, incluindo a Unegro e o Movimento Negro Unificado (MNU), assim como líderes de coletivos, povos de terreiros e grupos indígenas. A força da união dessas vozes ressaltou a urgência de uma mudança efetiva na sociedade, onde a igualdade e o respeito sejam as bases fundamentais.
Houve uma presença significativa de figuras políticas das esferas governamentais da Bahia. A vereadora Enilda Mendonça, do Partido dos Trabalhadores (PT), marcou sua posição ao lado dos manifestantes, assim como as deputadas estaduais da Bahia Olívia Santana (PT) e Soane Galvão (PSB), que demonstraram solidariedade e comprometimento na luta por um futuro mais justo e equitativo.
A manifestação em Ilhéus deixou claro que a sociedade não permanecerá em silêncio diante das injustiças. A mensagem é clara: o racismo e a violência contra a mulher não serão tolerados.