Foi em Feira de Santana, cidade conhecida como Princesa do Sertão, que nasceu Ana, uma robô que recruta estagiários. Batizada de Ana, em homenagem a Feira de Sant’Ana, a startup tem potencial para ressignificar o setor de recursos humanos no Brasil. De acordo com um dos idealizadores do projeto, o estudante de ciências contábeis da Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC), Helder Xavier, Ana é uma startup de impacto social, que atua com recrutamento e seleção de estagiários, desenvolvendo o papel de agente integrador.
“Estamos elaborando uma inteligência artificial que automatiza e digitaliza até 90% dos processos envolvidos na contratação desses estagiários”, explicou. O pesquisador ainda ressalta, que o trabalho busca ir além do recrutamento e oferece capacitação aos usuários. “Através das informações traçadas, ofertamos também cursos preparatórios para a nova economia, voltado aos estudantes da plataforma”, destaca.
Helder explica como funciona o recrutamento digital na prática. “Ana recebe, entrevista e tria milhares de candidatos diariamente através de um chat disponibilizado no site www.anajob.com.br. Ao final da entrevista, ela captura um vídeo currículo, facilitando a vida dos candidatos que não precisam mais entregar currículos físicos, ou participar de diversas entrevistas. Já os recrutadores, através da plataforma podem conhecer melhor o candidato, indo além das limitações de um currículo, e o melhor, sem taxas de seleção”.
O projeto, que nasceu em 2019, em um hackathon desenvolvido pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), no qual recebeu o prêmio da primeira colocação, é o primeiro agente integrador especialista em varejo 100% digital no país. “Fomos contemplados no programa Centelha da Fundação de Amparo à Pesquisa da Bahia (Fapesb), que vai conceder R$1,5 milhão para ideias inovadoras criadas no Estado. A aprovação de nossa plataforma aconteceu junto outros 27 projetos que também foram contemplados no Centelha. No nosso caso, somos uma startup de impacto social e temos como propósito a transformação de vidas através da educação e acesso ao primeiro emprego, por isso, é imprescindível que grupos como o nosso recebam apoio do Governo do Estado para levar essas ideias adiante que têm muito a acrescentar na sociedade”, declarou Helder.
Atualmente o projeto se encontra em fase de comercialização e em busca de escala.
Ana já possui clientes pagantes e segundo Helder, quer ampliar ainda mais a sua capacidade de atendimento. “É hora de abandonar os guichês, filas, papeladas e entrevistas cansativas”.
O recrutamento digital é aliado de quem quer emprego e de quem quer empregar”, disse ao reiterar que, digitalizando o processo, Ana acelera em até 90% o tempo de contratação de quem está em busca de uma oportunidade no mercado de trabalho, desburocratizando os processos, eliminando tarefas manuais e reduzindo drasticamente os custos. “Queremos seguir adiante para garantir que Feira siga como destaque no que sabe fazer melhor: gerar oportunidades”, completou.