O Ministério da Educação homologou na terça-feira as novas diretrizes do ensino médio, que permitem que se faça até 30% dessa etapa de ensino a distância.
De acordo com o texto aprovado no início de novembro, em cursos diurnos de ensino médio o aluno poderá fazer até 20% das horas obrigatórias a distância. No noturno, o percentual chega a 30%, e na modalidade de EJA (Educação para Jovens e Adultos), focadas naqueles que não se formaram na idade regular, o percentual chega a 80%.
“É opcional. Dependerá da aprovação do conselho estadual de cada um dos estados”, afirmou o ministro da Educação, Rossieli Soares, que assumirá a pasta da área na gestão do governo de São Paulo.
As diretrizes curriculares servem para orientar escolas e sistemas na organização da oferta escolar, sem detalhar, por exemplo, o conteúdo de aulas. O ensino médio é considerado o maior gargalo da educação básica, com altas taxas de abandono e baixos indicadores de aprendizado.
A reforma do ensino médio, aprovada em 2017, abriu a brecha ao ensino a distância. As diretrizes vem, entre outras coisas, para regulamentar esta prática. As atividades a distância podem ser online ou mesmo sem suporte tecnológico digital, de acordo com o que foi aprovado. O presidente eleito Jair Bolsonaro já defendeu a ideia de levar a educação a distância para alunos mais novos (do ensino fundamental) como forma de “combater o marxismo” em mais uma bravata proferida.