O Ministério da Saúde anunciou hoje a confirmação do primeiro caso de cólera no Brasil após um intervalo de 18 anos. O paciente, um homem de 60 anos residente em Salvador, Bahia, manifestou sintomas de desconforto abdominal e diarreia aquosa em março de 2024. O homem havia feito uso de antibióticos duas semanas antes para tratar outra condição médica.
Exames realizados em pessoas que estiveram em contato com o paciente contaminado, bem como em profissionais de saúde que o atenderam, deram negativo, eliminando qualquer risco de transmissão. O Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (CIEVS-BA), em coordenação com entidades locais e nacionais, está conduzindo medidas preventivas e investigações adicionais, conforme divulgado pelo ministério.
A cólera é uma doença infecciosa intestinal aguda, transmitida por contaminação fecal-oral direta, ingestão de água ou alimentos contaminados e de pessoa para pessoa. A bactéria da cólera está ativa na natureza, sendo possível evitar sua propagação com medidas de higiene pessoal adequadas e, principalmente, saneamento básico.
Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 75% das pessoas infectadas permanecem assintomáticas. No entanto, formas graves da doença exigem tratamento imediato para evitar complicações e, em casos extremos, a morte.
Desde 2006, o Brasil não registrava casos autóctones da doença, ou seja, casos originados dentro do próprio país. Durante esse período, foram relatados apenas quatro casos importados de países com surtos de cólera. Os últimos casos autóctones foram registrados em Pernambuco, entre 2004 e 2005.
A OMS informa que, de janeiro a março deste ano, 31 países registraram casos ou surtos de cólera, sendo a região africana a mais impactada, com 18 países afetados. Informações: CNN Brasil
