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MOTORISTA DE APLICATIVO RECLAMA DE CONDIÇÕES DE TRABALHO

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Vez ou outra é repercutido na imprensa regional, casos envolvendo denúncias a respeito de condutas questionáveis por parte de alguns poucos motoristas de aplicativo. Em um desses episódios, há cerca de dois meses, uma cliente de Ilhéus denunciou a suposta má fé de um condutor, ao querer cobrar um valor superfaturado, se aproveitando maliciosamente de dois idosos. 

Essa situação foi abordada na época pelo site parceiro, o BA_001. (Leia Aqui).

Porém, apesar desses exemplos isolados, com gente mal intencionada desempenhando a função, a grande maioria dos trabalhadores que atuam como condutores de aplicativo, são pessoas que apenas desejam trabalhar honestamente, nesse difícil contexto de crise, e desemprego em larga escala.

Aí que começa o problema.

Quando a lógica inverte, e a procura é maior do que a demanda, ou seja, quando há milhares de pessoas desesperadas por uma oportunidade de emprego, e nenhuma preocupação por parte dos empregadores – já que sempre haverá mão de obra abundante e disponível – eis que se criam as condições propícias para o surgimento da chamada “uberização do trabalho”.

Ou seja. Muito trabalho, muitas exigências, nenhum vínculo trabalhista, garantias inexistentes de direitos, etc. Resumindo, trabalhe, dê seu sangue, se arrisque, lucre pouco, e quando acharem que você não serve mais, te banem, e tchau. Pouco importa o trabalhador recém bloqueado, porque outros milhares estarão aptos e necessitando urgentemente trabalhar.

E como se não bastasse, a corda vem apertando ainda mais por parte das empresas que exploram esse serviço. O site Ilhéus 24H reproduz abaixo relatos feitos por um motorista do aplicativo Uber, que demonstram que a sanha por lucros da empresa, vem precarizando cada vez mais as condições de trabalho.

De acordo com o motorista, a Uber não reajusta os ganhos do motorista desde novembro de 2019. Pelo contrário, afirma, tá cortando, reduzindo. “Como se a inflação já não fizesse um salário estagnado andar de ré”, reclama.

Ele ressalta que a empresa antes pagava a taxa de deslocamento até de onde o motorista estava, até o ponto de partida, mas agora esse valor sai do bolso deles.