Antonella é o nome do bebê de número seis mil do Hospital Materno-Infantil Dr. Joaquim Sampaio, em Ilhéus. O bebê nasceu no final da tarde de sexta-feira (01), no Centro de Parto Normal (CPN) da unidade hospitalar do estado que nesta quarta-feira (06), completa dois anos de funcionamento. Antonella é a primeira filha do casal Missieli de Souza Ferreira e Lucas Porto Barbosa, residentes em Maraú. Durante o procedimento, prevaleceu a vontade de Missiele de que fosse um parto natural. “Fiquei maravilhada com tudo que vi por aqui. O atendimento, os pequenos detalhes, tudo perfeito”, elogiou. Antonella é tataraneta de uma mulher indígena, da etnia Tupinambá.
Ao longo dos dois anos de funcionamento do Materno, momentos emocionantes como este marcaram a trajetória da instituição. No dia 8 de dezembro de 2021, dois dias após a inauguração, nasceu o primeiro bebê do HMIJS: João Lucas. No dia 19 de dezembro do mesmo ano, foi a vez do nascimento dos primeiros gêmeos, Benjamin e Maria Alice. Uma semana depois, o Materno registrou um dos nascimentos mais marcantes da instituição. Chovia bastante na região. A rodovia BR 415 estava intransitável quando Amanda, moradora do Salobrinho, bairro de Ilhéus, sentiu as primeiras contrações. Para chegar ao hospital foi preciso uma grande mobilização. Parte do trajeto, fez de carro. Outra, de trator. Amanda também usou uma canoa na travessia da BR 415 e um helicóptero a resgatou até o aeroporto onde uma ambulância já a aguardava. Aysha Vitória, nasceu logo depois, em segurança.
No dia 5 de abril do ano passado o Hospital Materno-Infantil realizou seu primeiro parto na banheira. Ágata nasceu com 3,255 Kg. Doze dias depois, a unidade atingiu a marca de mil bebês nascidos. Cecília, natural de Uruçuca. As primeiras trigêmeas nasceram este ano, dia 04 de abril. A mãe é Marivalda de Jesus Silva, de 29 anos. Ela é moradora de Uruçuca. Marivalda chegou no HMIJS para um exame de rotina. Foi internada no mesmo dia para a realização do parto histórico.
Atendimento aos Povos Originários
Ynawá, um dos símbolos do projeto que deve, em breve, tornar o HMIJS a primeira maternidade da Bahia com atendimento aos povos originários do estado, nasceu no dia 13 de abril deste ano. O nascimento do bebê indígena, que na língua tupinambá significa “água de chuva que traz fartura”, ganhou repercussão nacional pelo sentimento da acolhida relatado por Tainaçã, mãe da criança. O parto foi realizado seguindo as tradições da tribo.
No dia 8 de agosto, um ano e oito meses após o Governo do Estado inaugurar o hospital, a unidade alcançou a marca de 5 mil partos, com o nascimento de Samuel. “Obviamente que a nossa história não vem sendo construída apenas com número, mas com vidas”, destaca a diretora-geral do HMIJS, Domilene Borges. Ela lembra que antes da construção da maternidade, a primeira 100 por cento SUS da região, muitas gestantes viveram inúmeros dramas para garantir o direito a um parto humanizado. Domilene também ressalta o papel da Fundação Estatal Saúde da Família (FESF SUS), gestora do hospital, pela condução do projeto baseado na humanização do cuidado, nos direitos da mulher e da criança e na consolidação do Sistema Único de Saúde, que são princípios da ação de trabalho.
Comemorações
Nesta terça (05), véspera do aniversário, colaboradores e convidados participam de uma solenidade, quando serão apresentados os principais resultados, homenageadas pessoas que ajudaram na construção desta história e ocorrerá a abertura de uma exposição fotográfica, traçando a linha do tempo do hospital. O evento acontece no auditório da Escola de Tempo Integral Professor Arléo Barbosa, na Barra, a partir das 9 horas. No dia 6, haverá hasteamento solene das bandeiras e a abertura de uma Feira de Empreendedorismo com iniciativa dos colaboradores, no estacionamento do hospital.