Imagine a situação que é acordar cedo, se esforçar para pegar um lugar na fila, chegar ao local, e se deparar com um guardador de vagas em plena atividade. Agindo como se fosse o proprietário da via pública, o cidadão é que define onde as pessoas devem ficar na fila, e quem deve ocupar os primeiros lugares. Óbvio, mediante o pagamento prévio.
Essa situação absurda foi alvo de uma denúncia de um ilheense, e ocorreu na manhã desta quarta-feira (20), nas imediações da agência da Caixa Econômica Federal, do calçadão da Marquês de Paranaguá, no Centro de Ilhéus.
Segundo o denunciante, ele chegou ao local por volta das 5h da manhã, e foi obrigado a ocupar o lugar em que o cidadão ordenou. Revoltado, ele comunicou o caso à polícia, solicitou a presença da guarnição, mas afirma ter ouvido dos policiais que nada poderia ser feito.
Nossa equipe de reportagem foi até o local, por volta das 8:30h, procurou o cidadão, simulou interesse em pagar por uma vaga, e registrou imagens do momento da negociação. Na ocasião ele cobrou o valor de R$ 20 pelo lugar, e após pedirmos desconto, ele aceitou fazer por R$ 10. Nós não pagamos pelo serviço. Veja o vídeo no final da matéria.
Esse tipo de crime já foi assunto de uma matéria publicada aqui no Ilhéus 24H, relembre aqui. Na época, situações similares foram denunciadas, explicitando a existência de um verdadeiro mercado paralelo de vagas de filas, com pessoas ganhando dinheiro para guardar lugares, de maneira totalmente irregular. E pior, intimidando e ameaçando as pessoas. Isso, em prejuízo diário a centenas de clientes da agência bancária, e financiado por pessoas que recorrem a esse tipo de prática, e aceitam pagar por um lugar na fila.