Os ilheenses vivenciam um momento histórico. Estamos nos deparando com a gradativa morte de uma das últimas ideologias políticas que remete às formas arcaicas de se fazer política.
Isso mesmo caros amigos, o jabismo, liderado e protagonizado pelo prefeito Jabes Ribeiro, agoniza em seu leito de morte, como um marco simbólico na nossa recente história política.
Tudo isso de forma inédita, ou seja, com apenas sete meses após ele reassumir o comando do palácio Paranaguá. Algo nunca visto por aqui.
Nenhum prefeito, nem mesmo o empresário Valderico Reis, caçado e expulso do poder, foi capaz de acumular feitos tão desastrosos e danosos ao município em tão pouco tempo e aglutinar tamanha e expressiva rejeição.
Os motivos não são poucos: demissões de concursados, saúde e educação em frangalhos, abandono de distritos, povoados e bairros periféricos, ruas e avenidas entregue as traças, seguidos deslizes administrativos de suas secretarias, etc.
Como Jabes mesmo afirmou: Ilhéus está ingovernável.
Mas faremos questão de corrigi-lo. Ilhéus está desgovernada. Tudo isso, vale ressaltar, com grande e significativa parcela de culpa dele mesmo, que em outras gestões levou a cidade ao caos administrativo, endividando o município e comprometendo gravemente as gestões que se sucederam. Inclusive a dele mesmo, iniciada em janeiro desse ano.
Mas o jabismo padece. Morre lentamente, como um paciente em fase terminal, desenganado pelos médicos.
E cada gesto novo, cada ação desesperada, só ajudam a piorar o quadro. A exemplo da recém anunciada demissão de 700 servidores municipais.
E para piorar ainda mais a situação, o jabismo vem ganhando contornos de autoritarismo, com direito a perseguições e posturas descabidas, como a adotadas no caso da ocupação do Palácio Paranaguá, onde os manifestantes foram trancados no prédio.
Sem falar nas mentiras, que converteram-se em espécies de execráveis convenções na administração municipal, a exemplo das falhas comunicacionais entre o prefeito e o seu secretário de Administração.
Sensibilidades à parte, ao nos deparamos com o moribundo, em seus últimos suspiros, afirmaremos sem pestanejar: Já vai tarde, pelo bem de Ilhéus!