ILHÉUS 24H :: Porque a notícia não para. Porque a notícia não para

OS TAPUMES DA VERGONHA

Após assalto na Soares Lopes, polícia foi averiguar se os meliantes estavam escondidos no antigo General Osório. Foto: O Sarrafo.
Após assalto na Soares Lopes, polícia foi averiguar se os meliantes estavam escondidos no antigo General Osório. Foto: O Sarrafo.
Uma das promessas de campanha do então candidato a prefeito Jabes Ribeiro, seria a imediata solução para a situação vivida pelo prédio histórico que já abrigou o colégio General Osório, e que por fim funcionava a biblioteca pública municipal. Tal imóvel, para quem não se lembra, ainda na gestão Newton Lima, teve que ser interditado às pressas pois perigava (e ainda periga) desabar.
Mas, levando em conta o sábio dito popular que afirma que “promessa é dívida”, digamos que a prefeitura está em débito moral com a população. Não só com aqueles que caíram no conto do vigário e deram seus votos ao atual gestor municipal. Mas todos.
Ante a situação, ao invés de honrar sua palavra, o prefeito adotou uma medida, no mínimo, questionável, mas que remete àquelas situações onde afirma-se que “varreram a poeira para debaixo do tapete”.
Ante a degradação visível do prédio, o prefeito mandou colocar tapumes de compensado em volta do local, para, aparentemente, livrar os olhares contemplativos da população e dos turistas do descaso público com um dos ícones da história de Ilhéus.
Só que o tiro saiu pela culatra. E o local, desde que foi protegido dos olhares inquisidores populares, se consolidou como point para usuários de crack, dormitório de moradores de rua e, segundo comenta-se, abrigo para meliantes que vez ou outra agem nas proximidades da avenida Soares Lopes.
Não foi a toa que a PM, ao ser comunicada de uma ocorrência na Soares Lopes hoje, foi logo lá no além tapumes, averiguar se os larápios estavam escondidos no local.
A pergunta é: Até quando o referido prédio continuará do jeito que está?
Talvez componha as promessas de campanha do prefeito nas próximas eleições municipais. Resta saber se terá alguém que, mais uma vez, acreditará na sua falácia.