ILHÉUS 24H :: Porque a notícia não para. Porque a notícia não para

PARLAMENTARES BAIANOS CONVOCAM MINISTRO DA EDUCAÇÃO PARA EXPLICAR CORTE DE VERBAS DAS UNIVERSIDADES

Ministro de Bolsonaro segue linha de ataques às instituições de ensino superior.

Deputado federal pela Bahia, Bacelar (Pode) preparou uma convocação do ministro da Educação Abraham Weintraub para explicar, na Câmara dos Deputados, o contingenciamento do orçamento do ensino superior anunciado pelo Ministério da Educação (MEC).

Após uma onda de críticas ao anúncio de que o MEC cortaria verbas da Universidade Federal da Bahia (Ufba) e de mais duas universidades federais com base em princípios ideológicos, o governo Jair Bolsonaro (PSL) resolveu estender o bloqueio de 30% dos recursos a todas as universidades federais do país nesta quarta-feira (1°). 

A iniciativa do ministro repercutiu no congresso. Nas redes sociais, o senador Otto Alencar (PSD-BA) ameaçou o governo de barrar votações. “Se a decisão do ministro da Educação de cortar pelo menos 30% dos recursos da UnB, UFF e da Ufba for pessoal e meramente ideológica, o PSD no Senado vai obstruir todas as votações de interesse do governo”, escreveu.

Otto foi seguido pelos colegas de bancada da Bahia, Angelo Coronel (PSD) e Jaques Wagner (PT), que prometeram reagir ao entrave do MEC. “Juntamente com os senadores do PT vou representar na Procuradoria-Geral da República e no Tribunal de Contas da União contra o ministro da Educação e o secretário de Ensino Superior por improbidade administrativa”, escreveu Wagner. 

O bloqueio na Ufba chegou a R$ 37,3 milhões o que, segundo o reitor João Carlos Salles é “injustificável” e coloca em risco a operação da unidade de ensino.

Após a repercussão negativa, o MEC afirmou que o critério do contingenciamento será técnico e isonômico. “O bloqueio preventivo incide sobre os recursos do segundo semestre para que nenhuma obra ou ação seja conduzida sem que haja previsão real de disponibilidade financeira para que sejam concluídas”, diz a nota.  A pasta afirma que o corte pode ser revisto caso a reforma da Previdência seja aprovada e a economia melhore. (via Bahia Noticias)