Um esquema de monitoramento das redes sociais de parlamentares e jornalistas com dinheiro público, foi armado pelo governo federal. Seis parlamentares baianos estão nesta lista. De acordo com a coluna de Guilherme Amado na revista Época, o dia-a-dia remoto de deputados e senadores, oposicionistas e governistas, além de alguns colunistas de conteúdo jornalístico, foi vista diariamente entre fevereiro a abril deste ano. Os relatórios foram feitos encomendados pela Secretaria de Governo, do ministro-general Luiz Eduardo Ramos, e pela Secretaria de Comunicação.
Pelo menos 116 parlamentares foram “espionados” nesse período. Foram 105 deputados federais, nove senadores, uma deputada estadual, Janaína Paschoal (PSL-SP) e um vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ). Entre eles, os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado Davi Alcolumbre (DEM-AP). Há ainda “inimigos” do governo como Alexandre Frota (PSDB-SP) e Joice Hasselmann (PSL-SP) além de aliados como Carla Zambelli (PSL-SP).
A surpresa é observar presenças dos filhos do presidente da República na relação de monitorados. Além de Carlos, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o senador Flávio Bolsonaro (Repúblicanos-RJ), também estão na lista.
Parlamentares baianos
Seis parlamentares baianos estão no relatório. São eles: Afonso Florence (PT), Bacelar (Podemos), Daniel Almeida (PCdoB), Dayane Pimentel (PSL), Eduardo Costa (PTB) e Jorge Solla (PT).
De acordo com a revista Época, “o Planalto determinou sigilo aos documentos, sob alegação de tratar-se de um ‘trabalho autoral’ da empresa contratada para o serviço, e se opôs a responder aos questionamentos”.