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PASTOR PRESO É DEPRAVADO, DEGENERADO E PERVERTIDO SEXUAL, DIZ DENÚNCIA DO MP

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O promotor Rogério Lima, da 8ª Promotoria de Investigação Penal do Ministério Público do Rio de Janeiro, que redigiu as duas denúncias que embasaram o pedido de prisão preventiva de Marcos Pereira, pastor da Assembleia de Deus dos Últimos Dias, o classificou no texto como um homem “depravado, degenerado, pervertido sexual, capaz de fazer as coisas mais baixas e sempre se aproveitando da sua condição de líder maior da Igreja”.
A reportagem teve acesso aos documentos que sustentaram o pedido de prisão do pastor no dia 25 de abril, o que acabou ocorrendo na noite de terça-feira (7), na rodovia Presidente Dutra, em São João de Meriti, Baixada Fluminense.
“O denunciado tinha autoridade sobre Z., pois era o pastor e presidente da igreja Assembleia de Deus dos Últimos Dias. Ademais, Z. o tinha como o seu líder espiritual, em quem acreditava e a quem seguia com fervor. […] Pelos relatos das testemunhas, principalmente das mulheres, verifica-se que estamos diante de um verdadeiro depravado, degenerado, pervertido sexual, capaz de fazer as coisas mais baixas e sempre se aproveitando da sua condição de líder maior da igreja”, diz o promotor.
Pereira está preso desde quarta-feira (8) no Complexo de Gericinó, em Bangu, zona oeste do Rio de Janeiro. Seu advogado Marcelo Patrício pediu um habeas corpus ao Tribunal de Justiça, mas até as 16h desta quinta-feira a decisão ainda não havia saído. Para ele, apenas os depoimentos das mulheres não podem ser considerados como provas para embasar a denúncia. “Não há provas contra ele, só depoimentos. Imagina se você vai na delegacia e diz que o Luciano Huck te estuprou. A polícia não pode ir lá prendê-lo baseado somente nisso”, disse.
“A denúncia diz que ele poderia ameaçar as vítimas. A mulher diz que o crime aconteceu em 2006. Se fosse para ele ameaçar, ele já teria ameaçado”, acrescentou o advogado do pastor. “A denúncia também fala do risco de ele fugir. O pastor esteve nos EUA há 15 dias. Se ele estivesse com medo, teria ficado lá.”
O MP pediu a prisão preventiva de Pereira por considerar que há prova da existência do crime e indícios suficientes de autoria, e para garantir a ordem pública, conveniência da instrução criminal e segurança da aplicação da lei penal. O pastor foi denunciado por dois estupros com uso de força física e atentado violento ao pudor e, caso seja condenado, poderá ficar até 20 anos na prisão.