O estoque de armas não letais das polícias militares dos estados brasileiros aumentou desde a Copa das Confederações, em junho do ano passado, quando protestos tomaram as ruas do país, de acordo com levantamento feito pelo Exército, a um mês para a Copa do Mundo.
Os órgãos de segurança pública do país compraram, entre o período do último Mundial e abril deste ano, 263.088 cartuchos de balas de borracha e 270 mil granadas e projéteis de gás lacrimogêneo e de pimenta.
A munição adquirida seria suficiente para fazer mais de 819 lançamentos de granadas de gás e 797 disparos de balas de borracha por dia durante os últimos 11 meses.
Os dados do Exército mostram que a Bahia foi um dos estados que mais compraram armas não letais desde junho do ano passado, junto com Minas Gerais, Rio de Janeiro, Distrito Federal e São Paulo.
A Polícia Militar baiana fez três compras do tipo de armamento, mesmo número de aquisições da PM paulista. Mais de mil cartuchos para serem usados em lançadores e granadas com carga tríplice de lacrimogêneo também foi adquiridos pelo órgão de segurança pública da Bahia. Amazonas e Amapá foram os únicos estados que não solicitaram ao Exército autorização para a compra de armas não letais desde a Copa da Confederações.
As secretarias de Segurança das duas unidades da federação foram procuradas para comentar sobre o assunto, mas não se manifestaram.
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