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POSSÍVEL ESQUEMA DE CAIXA 2 AMEAÇA CAMPANHA DE JAIR BOLSONARO

Candidato vê sua candidatura envolvida em polêmica.

“Empresários bancam campanha contra o PT pelo Whatsapp” com essa frase o jornal Folha de São Paulo abriu sua matéria em tom de denúncia contra a candidatura de Jair Bolsonaro do PSL.

Segundo o que apurou a Folha, empresas estão comprando pacotes de disparos de mensagens instantâneas via Whatsapp contra o PT e o candidato Fernando Haddad. Além disso, estaria programada para a semana que antecede o segundo turno das eleições uma operação em massa disseminando estes materiais.

A prática, se comprovada, é ilegal pois se trata de uma doação de campanha não declarada pelo candidato, o que é vedado pela legislação eleitoral. Segundo apurou a Folha, cada contrato chega até R$ 12 milhões de reais e entre as empresas compradoras etá a Havan. Os contratos envolvem centenas de milhões de mensagens espalhadas em grupos de whatsapp.

O serviço de “disparo em massa” funciona usando a base de usuários que consomem o material do próprio candidato, além de bases vendidas por agências de estratégia digital e a criação de perfis falsos para divulgação do conteúdo. A legislação eleitoral proíbe compra de base de terceiros, só permitindo o uso de apoiadores do candidato voluntariamente.

Agências como Quickmobile, Yacows, Croc Services e SMS Market trabalham neste tipo de serviço. As bases de contatos são fornecidas ilegalmente por empresas de cobranças ou por funcionários de empresas telefônicas. Na prestação de contas de Bolsonaro, consta apenas a empresa AM4 Brasil Inteligência Digital, que afirma possuir grupos de WhatsApp apenas para denúncias de fake news, listas de transmissão e grupos dos comitês.

No entanto, a Folha apurou que funcionários utilizam de números estrangeiros gerados automaticamente por sites como o TextNow para administrar grupos, além de burlar o limite de repasse automático de publicações e os filtros de spam.

O uso de base de terceiros é ilegal e configura crime eleitoral. Indagado pela Folha, Pedro Freitas, sócio-diretor da Croc Services, afirmou: “Quem tem de saber de legislação eleitoral é o candidato, não sou eu”.

Pelo Twitter, o candidato Fernando Haddad do PT  comentou a notícia e disse que vai acionar a Policia Federal para investigar o esquema ilícito.