Na noite da última quarta-feira (20) um aluno do turno noturno do Colégio Estadual Moisés Bohana, na cidade de Ilhéus, sofreu um ataque de intolerância religiosa, cometido pelo vice diretor da referida escola, um cidadão conhecido por Jeferson.
O vice diretor do Colégio Estadual Moisés Bohana, ao avistar o aluno Reginaldo Neto, que é praticante de uma religião de matriz africana e na ocasião estava usando roupas brancas, fios de conta e boné branco, por estar cumprindo preceito religioso, foi expulso do ambiente escolar com a alegação por parte do vice diretor, que o mesmo estava cumprindo ordens tanto da direção geral da escola como do colegiado escolar também. A denúncia foi publicada nas redes sociais pelo professor e ex-secretário de assistência social de Ilhéus, Emenson Silva.
Crispim Soares, membro da Coordenação do Movimento Povos de Terreiros de Ilhéus e militante das religiões de matriz africana na cidade, emitiu uma nota de repudio sobre a ação do vice-diretor do colégio.
Eu Crispim Soares, membro do Grupo Operativo das Defensorias Públicas do Estado da Bahia e membro da Coordenação do Movimentos Povos de Terreiros de Ilhéus, que é responsável pela realização da Caminhada pela paz e contra a intolerância religiosa de Ilhéus-BA, fiz contato por telefone com a referida escola, onde conversei com o sr. Jeferson, onde o mesmo alegou que estava apenas seguindo ordens da direção geral e do colegiado da escola e eu informei a ele que foi arbitrária e preconceituosa a atitude dele para com o aluno adepto de religiões de Matriz Africana e que o aluno bem como qualquer adepto de religião de Matriz Africana, tem o direito assegurado em desempenhar suas atividades escolar mesmo estando em preceito religioso, tão quanto o direito assegurado na Constituição Federal de 1988 que garante o direito ao livre arbítrio de comungar da religião que quiser.
Em tempo quero deixar aqui meu sentimento de repúdio a este servidor público estadual, que deveria ser e dar exemplo de respeito a todos os alunos sem discriminação de raça, cor, sexo ou religião e espero que a Secretaria Estadual de Educação, seja enérgica e se pronuncie mediante a este ato infeliz e intolerante cometido, pelo vice diretor da Escola Estadual Moisés Bohana, contra o aluno da referida instituição!