O advogado e professor Marcos Antônio Santos Bandeira, respondeu nesta quarta-feira (29), uma publicação veiculada no Ilhéus24h, com o título: “NOTA DE REPÚDIO DO DCE LIVRE CARLOS MARIGHELLA À VIOLÊNCIA COMETIDA PELO PROF. DR. MARCOS BANDEIRA”.
Agradeço pela oportunidade deste espaço para esclarecer esse lamentável episódio.
O meu sentimento é de profunda indignação. O fato noticiado é injurioso e bastaria o testemunho de todos os meus alunos para dizer o que, de fato, aconteceu.
Ontem numa aula do ECA estava havendo uma apresentação de uma equipe através de data show. De repente uma criança, bastante irrequieta, desvencilhou do braço da mãe (aluna) e foi em direção à tomada de fios, desviando a atenção de todos, pela possibilidade real dela se lesionar. Felizmente a mãe a pegou e colocou no colo novamente. Logo depois, a criança novamente começou a andar na sala e a pronunciar e a vociferar, desviando novamente a atenção de todos.
Neste momento, na condição de professor da turma, educadamente falei para a aluna Maeva que a criança não poderia ficar na sala de aula, pois estava desviando a atenção da turma. Eu disse a ela ainda que gostava muito de criança, mas aquele espaço, naquele momento, não era adequado. Isso tudo levou a paralisação da equipe que estava apresentando. Logo depois a aluna se retirou da sala com seu filho. Em momento algum a expulsei do recinto.
Entendo que o professor na sala de aula tem que criar as condições para afastar qualquer ruído no processo de aprendizagem. Atuei no estrito cumprimento no dever legal. Agiria da mesma forma, caso se tratasse de mameluco, pardo, branco, índio, homoafetivo, enfim, independentemente de etnia, raça ou orientação sexual.
Na verdade, soube depois que a referida aluna (que já perdeu o semestre por falta) foi ao departamento de Direito e passou o fato para um outro aluno (que não estava na sala de aula) e este a propagou levianamente a noticia, dando conotação racista, o que não combina com a minha história de luta pela igualdade e diversidade humana.
Se eu tivesse algum resquício racista, não adotaria uma criança negra e nem casaria com minha mulher, cujo pai era negro e o avo, filho de escravo.
Mentira tem perna curta. Oportunamente tomarei as medidas cabíveis.
Muito obrigado!
Sobre o caso