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PROJETO DE ESTUDANTES DA FACULDADE DE ILHÉUS, IDENTIFICA PROBLEMAS NO TEOTÔNIO VILELA

projeto no Vilela

O bairro do Teotônio Vilela recebeu, no último sábado (11), a visita de estudantes do quinto semestre noturno, do curso de Direito da Faculdade de Ilhéus. Na ocasião, eles percorreram as principais ruas da localidade, interagindo com a população e conhecendo presencialmente a realidade.

Na ação social, denominada “Dia D”, foram realizadas entrevistas com a comunidade, a fim de diagnosticar como a população trata e descarta seus resíduos sólidos, bem como outras demandas ambientais, dando efetivação ao projeto interdisciplinar da faculdade, que neste semestre teve como tema a “Política Nacional dos Resíduos Sólidos”.

Verificou-se in loco que algumas ruas estão desassistidas pelo poder público municipal. Os participantes do projeto constataram que a limpeza pública deixa a desejar, principalmente no loteamento Del Rei, rua Padre João Borges, rua José Edno e rua do Silêncio, entre outras.

Os estudantes também perceberam que as referidas vias, são de difícil acesso, já que não são pavimentadas, o que impossibilita os caminhões de lixo chegarem até lá. Com isso, de acordo com os alunos da Faculdade de Ilhéus, a coleta de lixo acaba acontecendo somente nas principais vias de acesso, restando à população das encostas depositarem o lixo doméstico em caixas coletoras, quando presentes, ou nos terrenos baldios, o que provoca sujeira, mau cheiro e proliferação de insetos, causando sérios problemas ambientais e de saúde. “Grande também é o acúmulo de entulhos e rejeitos de construção no meio das ruas”, também perceberam os estudantes.

De acordo com as análises dos alunos, sem saneamento básico e pavimentação, a rua Padre João Borges está vulnerável ao acúmulo de esgoto e lama, o que coloca em risco quem mora e transita no local. Eles constataram que essa situação já perdura há mais quatro anos, e os maiores prejudicados são os alunos que precisam ter acesso ao colégio Professor Fábio Araripe Goulart que, por causa das péssimas condições da rua, tem enfrentado um crescente número de evasão escolar.

Os estudantes de Direito, em seus relatórios, ressaltam a situação do logradouro denominado “Bosque Verde”, pertencente ao projeto PAC II, do governo federal. Tal, que inicialmente previa a construção de 272 casas destinadas à população que ocupa a região do bambuzal e do mangue, estão com as obras paralisadas, e recentemente tem ocorrido invasões ao local. “Essa ocupação desorganizada tem gerado impactos ambientais, inclusive quanto ao aumento da produção de resíduos sólidos e seu descarte incorreto”, destacou um dos participantes do projeto.  

Na oportunidade foram entrevistadas 70 pessoas, em diversas ruas, e as informações prestadas por eles constarão no relatório do Projeto Interdisciplinar, que será apresentado à Faculdade de Ilhéus e também encaminhado ao poder público municipal.

Apesar dos problemas enfrentados, os estudantes perceberam que grande parte da população, se identificam com o bairro e o consideram um bom local para moradia.