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REFLEXÕES SOBRE A PASSAGEM DA TOCHA OLÍMPICA EM ILHÉUS

MÁRIO SCHNEIDER SHI
Mário Schneider é turismólogo, funcionário público, membro da RAiZ Movimento Cidadanista, estudante de Administração e bacharelando em Humanidades pela Ufsb.
Mário Schneider é turismólogo, funcionário público, membro da RAiZ Movimento Cidadanista, estudante de Administração e bacharelando em Humanidades pela Ufsb.

Eu refleti muito sobre o evento da passagem da tocha em Ilhéus, no último sábado, e lá vão as minhas considerações:

– De nada vale um evento festivo simbólico para uma população, ainda mais investindo dinheiro público, se a mesma ainda carece de serviços básicos, principalmente na periferia e zona rural. Ao mesmo tempo que a tocha passava, um rapaz agonizava no corredor do regional precisando de um médico para operá-lo, salário de um médico por mês +ou- R$ 10 mil, a tocha, segundo informações, custa R$ 180 mil por um dia.

– O evento por si só não movimenta turismo, não gira muitos recursos com ambulantes ou vendas no comércio, não contempla muito menos a cidade ficar desguarnecida de segurança pública, haja visto que quase todos foram pro evento.

– A passagem da tocha ainda colocou a oportunidade das falcatruas que rondam as obras na cidade, aos moldes do que ocorrem com as empreiteiras, permitindo uma reforma da praça de modo nada transparente (Quanto custou a nova Cairú?) e nada participativo já que a população mais uma vez não foi consultada.

Por fim, a nova praça, que foi o símbolo desse evento e sua semelhança com um cemitério, demonstra o fim agonizante em que este governo está. Sugiro a todos levar uma cruz e fixar no gramado para simbolizar nossa indignação.