A Secretaria de Educação (Seduc) da Prefeitura de Ilhéus realizou o Seminário de Educação Inclusiva, na segunda-feira (27), com a temática central “Educar na Diversidade: Possibilidades e Desafios” e comemorou o transcurso dos 17 anos de existência do CRIE (Centro de Referência à Inclusão Escolar). O evento aconteceu no auditório da Faculdade de Ilhéus, com a participação de profissionais da educação, estagiários, pais de estudantes e interessados na educação inclusiva.
O seminário foi aberto com uma apresentação teatral de alunos do CRIE, intitulada “Uma estratégia para incluir: Você pode? Também posso!”, sob a coordenação da professora Dejanira Sodré. A secretária de Educação, Eliane Oliveira, destacou a importância do encontro e do próprio CRIE, unidade de inclusão mantida pela Prefeitura, que administra 18 salas multifuncionais existentes na rede escolar pública e privada.
“Nossa proposta de inclusão é acolher para dar possibilidades que eles possam enfrentar os desafios. Atender às crianças e suas famílias. Porque não é só você colocar a criança especial numa sala de aula. A possibilidade dos grandes desafios virá não só para ele, mas também para a família”, declarou Eliane. E acrescentou: “nosso objetivo é proporcionar a formação, fazer sempre seminários que possam acolher a todos e mostrar que a nossa educação é transformadora. ”
Na ocasião, a professora doutora Maria Helena Piza, da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), proferiu palestra sobre “Currículo e suas implicações na inclusão de estudantes com (NEE) na escola regular”. Para ela, é preciso falar com os professores para que eles tenham mais vontade de buscar, “porque a inclusão acontece desta forma, buscando. E eu acredito que estamos melhores hoje do que há 10 anos, embora, ainda tem muita coisa para conquistar e para ser revista, principalmente agora, com a reformulação da base curricular e da reorganização do Plano Nacional de Educação”, ressaltou.
A diretora do Centro de Referência à Inclusão Escolar, Danyelle Pimentel, enfatizou os 17 anos do CRIE, cujo trabalho é realizar atendimento a todas as crianças com necessidades especiais da rede municipal. “Nós desenvolvemos esse trabalho através do AEE (Atendimento Educacional Especializado), no turno oposto ao que a criança estuda na escola, e também com os interpretes de libras que atuam nas escolas atendendo aos alunos surdos. Temos também o profissional está na sala de aula dando um suporte pedagógico às crianças com limitações mais severas, além de prestar assessoria nas escolas”, explicou Danyelle.
Para o senhor Enéas Souza, pai de aluno especial que participou do seminário, “um evento como esse traz muito aprendizado, porque, muitas vezes, nós pais ficamos afastados esperando que a inclusão aconteça somente por parte da escola, ou por parte do poder público. Eu acho muito importante estar nesses seminários porque adquirimos mais conhecimentos, e nós precisamos auxiliar a escola, no cuidado que ela tem com nossos filhos. Meu filho se chama Samuel, ele é autista e é feliz da forma dele, no mundo dele. Só que a forma dele ver o mundo é diferente da minha, então eu preciso das informações que saem desses eventos. Eu vim aprender um pouco mais, justamente para melhorar a qualidade de vida com minha família”, testemunhou.