Sete barragens da Bahia estão na lista das que precisam de mais atenção por conta de algum comprometimento estrutural importante, segundo o Relatório de Segurança de Barragens (RSB) 2018, divulgado nesta quarta-feira (11) pela Agência Nacional de Águas (ANA).
Em todo país, o número chega a 68. O relatório traz dados do Sistema Nacional de Informações sobre Segurança de Barragens (SNISB), informados pelos 32 órgãos nacionais e estaduais responsáveis pela fiscalização da segurança de barragens no país.
Veja a lista dessas barragens na Bahia, do órgão responsável por cada um e valor estimado para reparo:
Apertado (Mucugê)
Companhia de Engenharia Hídrica e de Saneamento da Bahia (Cerb)
R$ 681.000,00
Araci (Araci)
Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS)
R$ 180.000,00
Beco Bebedouro (Seabra)
Companhia de Engenharia Hídrica e de Saneamento da Bahia (Cerb)
R$ 450.000,00
Luiz Vieira (Rio de Contas)
Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS)
R$ 3.200.000,00
Tabua (Ibiassucê)
Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS)
R$ 2.500.000,00
Vilobaldo Alencar (Ruy Barbosa)
Companhia de Engenharia Hídrica e de Saneamento da Bahia (Cerb)
R$ 880.000,00
Zambumbão (Vale do Paramirim)
Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Condevasf)
R$ 300.000,00
Segundo a ANA, 68% das barragens que estão submetidas à Política Nacional de Segurança de Barragens têm Dano Potencial Associado (DPA) alto. 23% apresentam Categoria de Risco (CRI) alta. Há 909 barragens no país que têm tanto CRI quanto DPA alto – o que representa 19% das classificadas. Em relação ao relatório anterior, houve aumento de 26% das barragens que foram classificadas nas duas categorias de risco.
Barragens críticas A quantidade de barragens que são consideradas em situação preocupante também aumentou no novo relatório. Foram listadas como críticas 68 barragens pelo país – no relatório de 2017, eram 45 e em 2016 eram 25.
Segundo a ANA, a maioria dessas barragens tem problemas de baixo nível de conservação da estrutura. Outros motivos que levam à classificação de “crítica” incluem insufiência do vertedor ou ausência de empreendedor.
O RSB é feito anualmente sob coordenação da ANA. O órgão solicitou informações de 44 entidades fiscalizadoras do país para fazer o relatório. Nos seus cadastros constam um total de 17.604 barragens, das quais 4.830 estão submetidas ao plano nacional de segurança.
Durante a coleta de dados, aconteceu a tragédia de Brumadinho, em 25 de janeiro deste ano. Uma barragem de contenção de rejeitos de mineração da Vale se rompeu, matando centenas de pessoas. Segundo a ANA, esse acidente fará parte do próximo relatório, que abordará o ano de 2019. No período analisado, não houve acidentes ou incidentes registrados na Bahia, de acordo com o relatório. (Correio da Bahia)