Atualmente, há mais de 42 mil pessoas que aguardam na fila por um transplante de órgãos no Brasil; 500 delas são crianças. Somente no ano passado, 3 mil pessoas morreram à espera da doação de um órgão
O objetivo é sensibilizar e mobilizar a população sobre a importância da doação de órgãos, levando em consideração que a Bahia está entre os estados em que a negativa familiar está entre os maiores índices do país, cerca de 60%.
América Carolina Sodré, da Central Estadual de Transplantes, ressalta que na ocasião serão oferecidos alguns serviços de saúde como: aferição de pressão, medição da glicemia, orientações para uma vida saudável, além de profissionais que estarão à disposição para tirar dúvidas a respeito da doação de órgãos.
Cenário da doação de órgãos na Bahia
Este ano, de janeiro a julho, o estado realizou 593 captações entre órgãos e tecidos (córneas), o que representou um crescimento de 24% quando comparado ao mesmo período de 2023 (479). No entanto, houve um aumento considerável de pacientes na lista de espera por um novo órgão de um ano para o outro, saindo de 2. 930 para 3.436 pacientes. Destes, 1.878 necessitam de um rim, a exemplo do senhor Edson da Silva, cuja espera já soma três anos.
“Aguardo ansioso para sair dessa máquina”, conta o paciente renal, que três vezes na semana tem que enfrentar a máquina de hemodiálise por 4 horas, para realizar o processo de filtragem do sangue e se manter vivo.
O médico Eraldo Moura, coordenador do Sistema Estadual de Transplantes, atribui o aumento na lista de espera ao maior acesso ao serviço e à disseminação de informações, que incentivam mais pessoas a buscarem o tratamento. E ele também acrescenta que a forma de reduzir esta fila é a partir da mobilização contínua da população.
Se você deseja ser um doador, avise a sua família.