O suspeito de acender e lançar o rojão que matou o cinegrafista da TV Bandeirantes Santiago Andrade, durante manifestação na última quinta-feira (6), no Rio de Janeiro, foi preso durante a madrugada em Feira de Santana, que fica a 109 quilômetros de Salvador.
Caio Silva de Souza foi detido, pelo titular da Delegacia de São Cristóvão (Rio de Janeiro), Maurício Luciano de Almeida e Silva – que está investigando o caso – e outros três agentes. A namorada de Caio também acompanhou a prisão. Segundo a TV Globo, foi ela quem convenceu ele a desistir da fuga, desembarcar em Feira e se entregar.
Em uma delegacia da capital baiana, Caio falou à imprensa e disse que não sabia que tinha acendido um rojão, mas outro artefato de menor potência. Ele lamentou a morte de “um trabalhador”.
Caio estava na Pousada Gonçalves, que fica ao lado da rodoviária da cidade, e não resistiu à prisão. Um mandato de prisão, pelo crime de homicídio doloso qualificado por uso de explosivo, foi expedido na segunda-feira (10) pela Justiça do Rio de Janeiro. Ele estava tentando chegar na casa do avô no Ceará.
O suspeito já foi levado pela polícia no início da manhã para o Rio de Janeiro, com chegada prevista no aeroporto do Galeão às 9h (horário de Brasília). De lá, Caio será levado para a Cidade da Polícia, no Jacarezinho. Fernando Veloso, chefe da Polícia Civil do Rio, disse que imagens de câmeras de segurança mostram Caio participando de outros atos criminosos durante a manifestação.
A polícia chegou a Caio Souza depois dele ter sido apontado pelo tatuador Fábio Raposo como o responsável por acender e lançar o artefato que provocou a morte do cinegrafista da Band. Raposo confessou ter entregado o explosivo a Caio, está preso e também foi indiciado por homicídio doloso qualificado por uso de explosivo.