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SUSPEITO DE MATAR DELEGADA PATRÍCIA JACKES CONFESSA CRIME EM NOVO DEPOIMENTO

O homem suspeito de assassinar a delegada Patrícia Jackes, Tancredo Neves, prestou um novo depoimento nesta segunda-feira (12), na 37ª Delegacia Territorial de São Sebastião do Passé, onde confessou ter inventado a versão inicial de que ambos haviam sido sequestrados. Ele alegou que a delegada morreu durante uma discussão, quando, segundo seu relato, ele utilizou o cinto de segurança para se defender de agressões.

Neves afirmou que a briga começou enquanto eles viajavam de Santo Antônio de Jesus, onde a delegada atuava como plantonista, em direção a Salvador. Durante a viagem, o casal parou na BR-101 para urinar e, em seguida, a discussão teria se intensificado quando ele sugeriu que repensassem a relação.

Segundo o suspeito, Patrícia, que estava alcoolizada, teria perdido o controle emocional e ameaçado sua família e filha. Nesse momento, ela puxou o volante do carro, resultando em uma colisão contra uma árvore. Neves disse que a delegada começou a agredi-lo, o que o levou a enrolar o cinto de segurança em seu pescoço. Ele insistiu que seu objetivo não era matá-la, mas apenas fazer com que as agressões parassem.

Após perceber que Patrícia estava inconsciente, Neves saiu do carro e chamou a polícia, alegando que não sabia que ela havia falecido. Inicialmente, ele havia relatado que ambos tinham sido sequestrados por indivíduos em uma motocicleta, que os obrigaram a fazer transferências de dinheiro, mas essa versão foi desmentida em seu novo depoimento.

Neves, que havia sido preso em flagrante logo após o incidente, teve sua prisão convertida em preventiva após audiência de custódia. O suspeito já havia sido preso anteriormente, em maio deste ano, por agressão contra Patrícia, mas foi liberado após a retirada da medida protetiva por parte da vítima.

Além das acusações de violência doméstica, Neves enfrenta processos por exercício ilegal da Medicina e falsidade ideológica. O Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb) confirmou que ele não possui registro como médico no Brasil, embora se apresente como tal. As investigações sobre esses crimes foram concluídas pela Polícia Civil de Euclides da Cunha em 2022 e encaminhadas ao Ministério Público da Bahia (MP-BA).

O caso continua sob investigação, com a causa exata da morte da delegada Patrícia Jackes ainda pendente de confirmação. O velório da delegada Patrícia Jackes ocorreu nesta segunda-feira (12), na Câmara de Vereadores de Santo Antônio de Jesus, no recôncavo baiano, onde ela atuava como plantonista na unidade policial. Familiares, amigos e colegas de trabalho se reuniram para prestar as últimas homenagens à delegada. Informações; G1