Há um crescente apelo, no mundo atual, para que as pessoas se tornem mais tolerantes com os demais membros da população humana. E o apelo, além de cabível e oportuno, mostra-se cada vez mais necessário.
Até cerca de um século atrás um indiano jamais conviveria com um brasileiro, uma mulher americana não precisaria dar nem um bom dia a um muçulmano e este não precisaria pedir emprego e um inglês, por encontrar-se morando na Inglaterra.
Porém, com a verdadeira Revolução que se operou primeiro nos transportes e, agora, nas comunicações, todos temos de conviver, de alguma forma, com todos, por mais estranho que algum membro de nossa espécie possa ser para nós.
Mas aceitar e conviver com os outros, e especialmente com os diferentes, não é nada fácil.
Não sejamos hipócritas! É muito difícil, sim, conviver com um fundamentalista religiosos que acredita piamente que tudo o que não está de acordo com sua religião deve ser mudado a força para adaptar-se a ela, seja ele um muçulmano ou um cristão. É difícil conviver com homossexuais que se trajam e se comportam como se fossem do sexo oposto. É extremamente difícil conviver com quem acha que a finalidade única da vida é se drogar, seja com álcool ou com qualquer outra substância. E também é bastante difícil conviver com uma típica família chinesa, para quem é normal comer carne de cachorro!
Porém, acredite, todas as pessoas ou grupos acima citados também acham extremamente difícil conviver comigo e com você, mesmo sendo igualmente humanos.
Nossos hábitos e gostos mais comuns pode ser – e frequentemente são, aos olhos das pessoas de outros países e outras culturas – brutais, nojentos, profanos, cruéis, desumanos ou sacrílegos.
Por isso, a tolerância é imprescindível no mundo de hoje, tanto quanto o cartão de crédito ou a carteira de identidade do país onde se vive.
Exercitar a tolerância para poder conviver em um mundo moderno é algo que devemos fazer diariamente, com sincero e reiterado esforço, para benefício de nós mesmos e de quem convive conosco.
A vida não anda para trás, o tempo não para e nada será como antes. Tolerância não é luxo, nem qualidade: É necessidade, é requisito humano básico, fundamental para quem vive no mundo de hoje e, sobretudo, para conviver e sobreviver no mundo que virá.