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TRABALHADORES NATURAIS DE ILHÉUS E ITABUNA SÃO RESGATADOS DE FAZENDA DE CAFÉ NO ES EM CONDIÇÕES SEMELHANTES À ESCRAVIDÃO

 

Treze trabalhadores foram resgatados em condições análogas a escravidão no ES neste mês de abril — Foto: Divulgação/ Ministério do Trabalho e Polícia Federal

Seis dos 13 trabalhadores baianos, dentre eles ilheenses e itabunenses, foram resgatados de situação semelhante à de escravos na colheita de café em Sooretama, no Espírito Santo. Eles chegaram na tarde desta sexta-feira (28) em Itabuna, conforme informações do Ministério Público do Trabalho (MPT).

Todos os resgatados vão receber seguro-desemprego por três meses e o pagamento das verbas rescisórias ficou acordado. O cálculo apresentado pelos auditores totaliza R$ 49.450, detalhou MPT.

O Ministério Público do Trabalho avalia a situação para definir como serão feitas as negociações para pagamento de indenização por danos morais coletivos e individuais, valores ainda não negociados com o empregador, que não teve o nome e a razão social divulgados.

A assistência social de Itabuna, de onde são quatro das vítimas, está trabalhando no acolhimento, prestando apoio. Os demais resgatados optaram por permanecer no Espírito Santo até o desfecho da operação.

O grupo, que conta inclusive com dois adolescentes, de 17 e de 15 anos, foi localizado em condições degradantes em uma propriedade destinada ao cultivo de café por uma equipe formada por auditores-fiscais do Ministério do Trabalho e Previdência e por agentes da Polícia Federal na última terça-feira (25).

Segundo os trabalhadores, eles foram recrutados por intermediários em Itabuna e levados para Sooretama sob promessas de pagamento e condições dignas, mas foram surpreendidos com as condições encontradas na propriedade rural.

Na Bahia, a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos está articulando com a assistência Social de Itabuna e dos outros municípios a adoção de uma série de medidas para apoiar as vítimas, oferecendo suporte para regularização de documentação, cesta básica e atendimento de saúde. Posteriormente, serão cadastrados para inclusão em projetos de capacitação e recolocação no mercado de trabalho. Com informações do G1/BA.