De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil disponibiliza, anualmente mais de 300 milhões de doses de vacinas para a população, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Pesquisadores e instituições de pesquisa trabalham ininterruptamente para que novas vacinas sejam produzidas, garantindo a prevenção de doenças que desafiam a ciência, como a Covid-19.
Para o biólogo e autor do Sistema Anglo de Ensino, Marcelo Perrenoud, a comercialização de uma vacina deve ocorrer somente em 2021. “Previsões mais otimistas falam em vacina contra a Covid-19 comercializada entre março e agosto de 2021. Esta é a expectativa da comunidade científica”, afirmou em entrevista ao programa Isso é Bahia, na rádio “A Tarde FM”, nesta quinta-feira, 30.
Ele explicou que a vacina mais rápida produzida até hoje demorou quatro anos, contra a caxumba, em 1967. “O melhor modo de se prevenir contra a doença é a vacinação. As vacinas contêm fragmentos virais do agente causador da doença, incapazes de causar a doenças, mas capazes de gerar uma resposta imunológica, proporcionar a produção de anticorpos naquele paciente”, explicou.
Será que esta corrida desenfreada em busca de uma vacina pode comprometer alguma fase de testes? Marcelo Perrenoud acredita que não. “Claro que quando temos algo em tempo recorde, sempre fica a dúvida. Mas os órgãos competentes, Ministério da Saúde e Organização Mundial de Saúde, estão atentos a isso. Não vamos pular etapas. A vacina tem que ser confiável, com o mínimo de efeitos colaterais”, assegurou.
De acordo com o pesquisador, as vacinas disponíveis contra a poliomielite e a hepatite, entre outras, têm índice de confiabilidade na casa dos 85% a 90% de proteção. “São vacinas consideradas ótimas. Temos que saber que cerca de 75% de segurança para a vacina contra a Covid-19 ela já vai estar no mercado. É um índice um pouco menor do que as que já estão consolidadas, mas, neste momento de pandemia, é o que seria mais confiável para nós”, concluiu.