Todo ano é a mesma coisa: basta se aproximar o dia 27 de setembro, data de São Cosme e Damião e dos ibejis, que os ingredientes do caruru ficam mais caros. Quem comprou quiabo na semana passada, por exemplo, pagou R$ 8 por 100 deles.
Nesta semana, o valor quase dobrou e já chega a R$ 15 – em 2018, nesta mesma época, era possível encontrar o cento por R$ 7. Já o camarão mais comum nas receitas ainda não mudou de preço, mas pode ter alta daqui para a sexta-feira, alertam os vendedores
Produtor de quiabo na região de Jaguaquara, no sudoeste baiano, Paulo Cézar Bernardino diz que a alta do preço tem relação com as festividades, mas o fato climático também tem influência.
“A diferença foi o tempo frio, choveu bastante esse ano. Como o quiabo precisa de luminosidade para crescer, não chegamos a ter uma boa produtividade. Eu, por exemplo, deixei de produzir cerca de 25% do ano passado para esse”, conta.
Mas os preços mais altos não são exclusividade do quiabo. O camarão também deve inflacionar. A tendência é que o preço varie cerca de R$ 4 reais para cima. Com isto, o item que também é parte principal do prato típico se torna um pouco mais salgado no preço, podendo alcançar o valor de R$ 40. (Correio)