A rua Coronel Paiva e a rua Ernesto Sá configuram duas importantes artérias localizadas no centro da cidade. Entre lojas e serviços, está o fundo do Teatro Municipal e o acesso à Avenida 2 de Julho onde fica o histórico Bataclan. Mas várias são as queixas de quem circula por essa área.
Uma delas é relacionado à mobilidade urbana. Mais de uma vez, recebemos fotos de uma loja localizada na Coronel Paiva que utiliza de um tonel como apoio de um manequim na calçada. O que segundo as denúncias, atrapalham a passagem de cadeirantes.
Procuramos o responsável pela loja que justificou: “A gente colocou pensando em um pedestre, da pra um pedestre passar, não da pra um cadeirante passar realmente, mas se você ver aqui, o passeio é todo irregular, um cadeirante ele não anda aqui. Desse mesmo lado nosso aqui tem um poste em cima da calçada um cadeirante também não passaria”.
Ele não possui uma autorização para colocar o tonel ali, no entanto segundo ele os fiscais de postura da Prefeitura já passaram pela loja e tomaram conhecimento do manequim. “Os fiscais de postura passaram, já viram inclusive e chamaram a atenção porque o boneco ficava com as pernas pra rua. Aí eles pediram pra colocar de lado porque as pernas dele atrapalhavam um pouco. Então pediram para colocar de lado.”
De fato, basta dar uma breve olhada nas calçadas desta rua, e perceber que embora seja pouco movimentada, é muito difícil a locomoção de pedestres e principalmente de pessoas com deficiência. Além de ser uma rua estreita, há outros diversos obstáculos como vasos de plantas, esgotos de tamanhos diferentes e até mesmo um poste de energia bem próximo do piso tátil, que serve como orientação para pessoas com deficiência visual.
Em Janeiro de 2020, o prefeito Mário Alexandre assinou uma ordem de serviço de revitalização do centro de Ilhéus. “O projeto visa adotar um padrão único de calçada para melhorar a acessibilidade de pedestres, ciclistas e das pessoas que possuem dificuldades de locomoção. Muito trabalho para dar início a mais uma obra de reconstrução na cidade”, disse Mário Alexandre na época. Essa obra alcançou ate agora, as ruas Ernesto Sá e Rodolfo Vieira.
“A gente não quer de forma alguma atrapalhar a via do cliente passar, eu particularmente acharia que isso aqui deveria ser uma alameda sem passagem de carro. Ficaria ótimo. Então eu tô bem atento e de forma alguma quero prejudicar o pedestre.” finalizou o comerciante.