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VEJA O QUE SE SABE SOBRE CASAL MORTO EM PORTO SEGURO

Um casal foi encontrado morto no domingo (15), com marcas de tiros, em uma estrada vicinal em Porto Seguro, no extremo sul da Bahia. Uma das vítimas era suspeita de matar um homem no ano passado e, dentro da sua roupa, foi encontrado um bilhete que fazia referência a uma facção criminosa.

A Polícia Civil investiga o crime e até esta terça-feira (17), ninguém foi preso. Veja o que se sabe e o que falta esclarecer sobre o caso:

Quem eram as vítimas?
Como as vítimas foram mortas?
O que dizia o bilhete encontrado no local?
Qual é a linha de investigação?
O que falta ser esclarecido?

As vítimas foram identificadas como Carlos André dos Santos, de 29 anos, e Ana Julia Freire dos Santos, de 22. Eles eram namorados e passavam o feriadão de Nossa Senhora Aparecida em Porto Seguro.

Moradores de Eunápolis, Carlos e Ana Júlia estavam retornando para a cidade, que também fica no extremo sul do estado, quando foram mortos.

De acordo com a Polícia Civil, Carlos André era motorista por aplicativo e tinha antecedentes criminais. A suspeita é que ele fazia parte de uma facção criminosa.

Carlos era investigado pela morte de um homem identificado como Francisco Silva Almeida, conhecido como “Tiquinho”, de 35 anos. O crime aconteceu em Eunápolis em 2022 e a vítima foi morta com diversos tiros na cabeça.

Já Ana Júlia não tinha antecedentes criminais e trabalhava em uma autoescola em Eunápolis. Nas redes sociais, ela compartilhou os passeios que fez em Porto Seguro durante a viagem com o namorado.

Dias antes de morrer, Ana Júlia também postou um texto reflexivo nas redes sociais. Na publicação, ela falou sobre ter recomeçado do zero e ter superado momentos difíceis na vida, onde pensou em desistir.

Os corpos do casal foram encontrados com marcas de tiros em uma estrada vicinal localizada na Aldeia Xandó, em Porto Seguro. A poucos metros deles estava o carro usado na viagem. O veículo foi encontrado carbonizado.

Conforme a polícia, não existem evidências de que a execução do duplo homicídio tenha ocorrido onde as vítimas foram encontradas.

Carlos André tinha 18 marcas de tiros nas regiões das costas e no tórax.

“PCE É BALA”, dizia o bilhete encontrado dentro da roupa de Carlos André. A sigla PCE faz referência à facção criminosa “Primeiro Comando de Eunápolis”.

Apesar de confirmar que Carlos André atuava em um grupo criminoso, o delegado Paulo Henrique preferiu não revelar se o homem pertencia ao PCE ou era de uma facção rival.

Segundo informações da 23ª Coordenadoria de Polícia do Interior (Coorpin/Eunápolis), a principal linha de investigação aponta que a motivação do crime seria disputa entre facções criminosas.

As mortes podem estar relacionadas com a rivalidade entre facções com atuação em Porto Seguro, com o grupo criminoso de Eunápolis.

Alguns pontos ainda precisam ser apurados pela polícia, como a autoria do crime. Além disso, é preciso confirmar se o duplo homicídio está relacionado a uma disputa entre facções rivais.

Também é preciso entender a qual facção pertencia Carlos André e se o fato dele ser investigado por um homicídio em 2022 tem alguma relação com o crime.

A polícia da cidade ainda não tem detalhes de como as vítimas foram abordadas e se elas foram mortas na estrada vicinal onde os corpos foram encontrados ou em outro local.

Um dos pontos de atenção do caso está relacionado ao bilhete encontrado na roupa da vítima.

Informações do G1.