Em seu pronunciamento na sessão realizada nesta terça-feira, no auditório da Faculdade de Ilhéus, o vereador Alisson Mendonça (PT), líder da bancada de oposição no legislativo, abordou um assunto que esteve em voga nesta última semana: A marcha do dia 15 de março, onde alguns setores da sociedade foram às ruas pedir o impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Alisson afirmou que estava na catedral no domingo (15), dia da marcha em Ilhéus, e que viu alguns participantes do ato, segundo ele, muitos eleitores de Jabes Ribeiro. Tal situação ele classificou como “indignação seletiva”, já que, é uma incongruência uma pessoa ter votado em Jabes, e ir às ruas pedir o fim da corrupção.
Além disso, o vereador destacou que o movimento, não só em Ilhéus, mas em várias partes do Brasil, não representou a população, e que foi a mobilização, quase na sua totalidade, de representantes da elite.
“Em Salvador, por exemplo, vimos imagens da manifestação, na Barra, e os únicos negros que estavam, tocavam na charanga, local que a elite sempre quis ver os afrodescendentes”, apontou o vereador.
O vereador afirmou que, mesmo tendo divergências internas com seu partido, no âmbito local, jamais destoará dos posicionamentos ideológicos da sigla, de apoiar políticas públicas para os mais pobres, e reconhece que, a nível federal e estadual, apesar de ainda ter muito a ser feito, o Brasil e a Bahia avançaram em muitíssimos aspectos.
“Me dá nojo quando vejo vir à tona casos de corrupção, seja em qual partido for, inclusive o meu. Porém, muitas pessoas que foram às ruas pedir o impeachment da presidente Dilma, caso as perguntemos, constataremos que votaram em deputados que compõem a base aliada, e cujas siglas participam do governo à frente de ministérios e secretarias. Isso, como afirmei, são casos de indignação seletiva, explicitando enorme e grotesca contradição”, apontou Alisson.
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