O secretário de Saúde do estado, Fábio Vilas-Boas, foi às redes sociais na manhã desta quinta-feira, 21, atacar a farmacêutica americana Pfizer, que, segundo ele, estaria se recusando a vender as doses de sua vacina para a Bahia. Na publicação, Vilas-Boas aponta que a Pfizer teria vendido todos os imunizantes para outros países mesmo após conduzir testes no estado.
“A Pfizer usou a boa fé de 1.500 voluntários baianos no desenvolvimento da sua vacina e agora recusa-se a vender para a Bahia”, escreveu. “Em 2020 reuniram-se oficialmente com o governador Rui Costa para vender a vacina e a partir dali nos preparamos. Apoiamos o centro de pesquisas das Obras Sociais irmã Dulce (Osid), investimos na montagem de uma rede de ultracongeladores e, agora, nos informam que venderam tudo pra outros países”, lamentou o secretário.
Em entrevista para uma rede de Tv local, o governador Rui Costa (PT) evitou criticar a farmacêutica e atribuiu culpa ao governo federal e à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) pela demora na liberação da vacina. De acordo com o petista, a farmacêutica ofereceu um pré-contrato ao estado mas, como a liberação emergencial ainda não havia sido aprovada, o acordo não pôde ser assinado.
“Prefiro não fazer acusações ao laboratório. A Pfizer nos procurou e ofereceu 70 milhões de doses e estão registradas as declarações do presidente, dizendo que não iria assinar um pré-contrato. Uma atitude de desprezo com a vida humana. Quem tem o mínimo de racionalidade sabe que não tem vacina para todo o planeta. Naquele momento a Pfizer nos avisou de que se não fizéssemos um pré-contrato, ele faria com outros países”, explicou.