Os pais de Clealine Santos Andrade, brutalmente assassinada em 27 de dezembro de 2023 (relembre aqui), enfrentam um litígio judicial para excluir o acusado de feminicídio, da condição de herdeiro.
O acusado, que está em prisão preventiva no Presídio Ariston Cardoso (relembre aqui), alega ter convivido em união estável com a vítima por cinco anos e reivindica metade do valor de um imóvel, alegando ter contribuído materialmente para sua construção.
A defesa do acusado argumenta que a união estável e as contribuições financeiras justificam a divisão do patrimônio. No entanto, os pais de Clealine contestam, apresentando evidências de que o imóvel foi adquirido por Clealine em 2020, antes do início do relacionamento com o acusado e enquanto ela estava em união estável com outra pessoa. O relacionamento entre Clealine e o acusado começou em setembro de 2021 e durou até sua morte em dezembro de 2023.
Além da disputa pelo imóvel, é importante lembrar que a família de Clealine enfrentou outra indignação. Em entrevista ao programa “O Tabuleiro” da Ilhéus FM, em 29 de janeiro de 2024, uma testemunha de Clealine, Michele, revelou que a família enfrentou dificuldades para reaver o carro da mãe da vítima (relembre aqui). Após uma ação judicial, o veículo foi finalmente devolvido à família da vítima.
Este caso é complexo, envolvendo questões de direito de família e sucessões, além da grave acusação de feminicídio. A resolução do litígio depende do desfecho da ação penal movida pelo Ministério Público contra o acusado. Até que uma sentença condenatória seja proferida, a disputa pela herança permanece em aberto.