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GEÓLOGOS FAZEM AVALIAÇÃO SOBRE TREMORES DE TERRA EM GUARATINGA, SUL DA BAHIA

População ficou assustada com os tremores.

Dois geólogos da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) fizeram uma avaliação na cidade de Guaratinga, no sul da Bahia, nesta terça-feira (19), para tentar descobrir as causas dos dois tremores de terra que atingiram a cidade entre o final de janeiro e o início deste mês.

Os profissionais marcaram as coordenadas geográficas das áreas de risco e prepararam um relatório que vai dizer se é preciso ou não uma força-tarefa de geólogos para fazer um estudo mais aprofundado sobre o caso.

“É uma identificação visual de indícios pra ver se outros problemas podem ocorrer. Desplacamentos ou fraturas que possam indicar que outros blocos podem cair. É uma analise preliminar e relativamente rápida, pra identificar se a gente precisa voltar no futuro ou ter preocupações maiores em relação a isso”, contou Juliana Moraes.

Apesar da visita, de acordo com a geóloga, que especialista em geociências, a população da cidade pode ficar tranquila, pois no Brasil geralmente não tem terremotos de grande magnitude.

“Não é preciso se apavorar. Os tremores no Brasil ocorrem de forma suave e sutil. Eles não têm representatividade de causar danos graves. Não é pra se preocupar, não precisa ter alerta. O Brasil está no meio de uma grande placa tectônica, então não é preciso se apavorar!”, contou Juliana.

Durante a visita, os pesquisadores também foram até a rocha onde ocorreu o desplacamento de uma rocha de mais de 400 metros. Eles disseram que a rocha é cheia de fraturas e que estes desplacamentos, que são uma espécie de descamação desta capa da rocha, é comum. Contudo, segundo os geólogos, é preciso manter uma distância segura.

“Os maciços são bem fraturados, e com a variação térmica, chuvas e os trincamento dos paredões, a tendência, é cair. As pessoas que moram próximas devem evitar ser atingidas. Moradores próximos devem ser evacuados, pra evitar um mau maior”, disse Gustavo Carneiro.

O estudo foi realizado na região após pedido da Defesa Civil da cidade à prefeitura. A solicitação foi feita pouco antes do segundo tremor de terra registrado no município, em menos de 15 dias.