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MANCHAS CHEGAM A PORTO SEGURO E ATINGEM PRAIAS DE ARRAIAL D’AJUDA E TRANCOSO

Ambientalistas se preocupam com proximidade do óleo com o banco de Abrolhos.

As manchas de óleo que atingem o litoral da Bahia chegaram à cidade de Porto Seguro, no sul da Bahia, nesta quinta-feira (31). As praias atingidas ficam nos distritos de Arraial D’Ajuda e Trancoso – dois dos destinos turísticos mais procurados do estado.

As manchas foram identificadas por pescadores e moradores da região, e confirmadas pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Porto Seguro. A secretaria ficou de enviar nota sobre a situação das praias.

O distrito que tem mais praias atingidas é Arraial D’Ajuda: três locais – praia do Mucugê, de Pitinga e de Taípe. Em Trancoso, a aparição foi de pequenas porções de fragmentos do óleo. 

Até quinta-feira (31), Porto Seguro é o município mais ao sul da Bahia afetado pelo óleo que atinge o litoral do Nordeste do país. A proximidade com a área de Abrolhos preocupa moradores e ambientalistas pelos impactos que o óleo pode provocar caso chegue ao banco.

O Banco de Abrolhos tem área total de 48.899 km². Segundo o biólogo Eduardo Camargo, do Instituto Baleia Jubarte, o banco vai da Ponta do Corumbau, no município baiano de Prado, a cerca de 45 km de Porto Seguro, até o norte do Espírito Santo.

Dentro da área do Banco de Abrolhos está o chamado Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, a cerca de 100 km depois da Ponta do Corumbau. O parque é a única área totalmente protegida dentro do banco, por conta da sua biodiversidade, e ocupa somente 1,8% do território (882 km²). De Belmonte até o parque, são cerca de 200 km² (em linha reta).

O Banco de Abrolhos também é berço da baleia jubarte, que faz dessa região seu refúgio de reprodução e amamentação, entre os meses de julho e novembro. Preocupados e na tentativa de evitar que o óleo chegue à região de Abrolhos, muitos pescadores montaram uma verdadeira ‘operação de guerra’, com o auxílio de voluntários.

Sem recursos emergenciais ou equipamentos do poder público, eles usam materiais dos próprios pescadores ou disponíveis no ambiente, como barcos de variados tamanhos, puçás, redes e cortinas feitas com siripoias e galhos de casuarina.