Inquérito da PF aponta que Adélio agiu sozinho. Posts ligando Jean Wyllys ao atentado envolvendo o presidente terão que ser apagados.
O juiz Diogo Barros Boechat, do 5º Juizado Especial Cível do Rio de Janeiro, determinou que o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) apaguem posts feitos por eles nas redes sociais relacionando ex-deputado Jean Wyllys (PSOL) e Adélio Bispo, autor do atentado contra o presidente Jair Bolsonaro.
O descumprimento da decisão acarreta em multa diária de R$ 1 mil. Os dois filhos de Bolsonaro têm 24 horas para apagar as publicações.
De acordo com o magistrado, o “intuito dos réus, desde o princípio, foi o de divulgar e alardear versão dos fatos na qual eles próprios acreditavam, com o fim de convencer a mais ampla audiência possível”.
Ainda segundo o juiz, Carlos e Eduardo Bolsonaro fizeram a associação “com o objetivo claro de eleger o autor como o alvo de sua perseguição, constrangendo-o, ofendendo-o e comprometendo a sua biografia e sua credibilidade, possivelmente por divergências político-ideológicas”.
Diogo Barros Boechat considerou que os posts de Carlos e Eduardo são “fake news” e não tiveram relação com o “direito de informar, tampouco de exercício de livre expressão, ambas protegidas pela Constituição”. (BN)