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A CULTURA DA EXCLUSÃO

fundaçãoMesmo com a nota de esclarecimento, emitida pela secretaria de Cultura de Ilhéus, se manifestando sobre a situação do ator José Delmo, impedido de realizar suas esquetes teatrais no interior da Casa de Jorge Amado, a coisa pegou mal para o órgão municipal.
Sim, houve um desgaste ante a chamada opinião pública. Sim, pois  acabou chamando a atenção da população para a citada secretaria e, consequentemente, pelas suas ações, ou, como no caso de Ilhéus, a ausência delas.
Com pouco mais de cem dias a frente do setor responsável pela Cultura na cidade, digamos que o gestor da pasta vem seguindo à risca os moldes de ação aplicados outrora por lá. Ou seja, nada que possamos identificar como sendo de fato uma ação em prol da Cultura.
Valendo ressaltar que é um grande equívoco afirmar que realizar ou apoiar eventos seja a função de uma secretaria de Cultura. Não, isso é função de produtores culturais. Uma pasta com a importância da citada, deve agir pensando a Cultura como um agente social, capaz de suscitar novos valores em crianças e adolescentes, incentivando o surgimento de novos talentos, apoiando de verdade as manifestações artísticas locais, dentre outras.
Só que, nem ajudar parece que eles estão se prestando. Muito pelo contrário. Na primeira oportunidade escorraçaram o ator do local. O pior de tudo foi a desculpa adotada, de que o espaço é público, e não pode seguir sendo utilizado por um só artista. Mas se ele não ocupar o espaço, quem mais vai fazer isso? Vão abrir seleção pública visando a contratação de artistas para ocupar o lugar? Não, vão fazer o que sempre costumam fazer, mantê-lo ocioso, e, de preferência, afastando o povo de lá, o transformando em um point elitista.
Secretário, saiba, Cultura não se faz excluindo, e sim agregando. E, ante tal situação, parafraseando um velho dito popular, poderíamos afirmar que vossa senhoria “fez” na entrada.