POR RANS
No mundo da política existe uma prática mui corriqueira, apesar de notadamente questionável. Trata-se do ato de “chamar pra si” a paternidade de determinados feitos, quando tais, digamos, dão certo, ou ficam bem na foto ante a chamada opinião pública.
A lógica é simples: Uma obra, seja ela federal ou estadual, realizada em um hipotético município, tende a ser utilizada em prol do gestor municipal em questão. O prefeito não pestanejará em listar as obras como parte dos seus supostos feitos em “prol da cidade”. Mesmo que, comprovadamente, ele não tenha movido uma palha sequer para que tal fosse realizada.
Agora, se algo der errado, a situação muda radicalmente. Quem é o culpado pelo desfeito, trata habilmente de pular fora e apontar os dedos inquisidores para quem ele achar que deve levar a culpa.
Isso nos remete diretamente ao discurso adotado pelo prefeito Jabes Ribeiro, inclusive no horário reservado ao PP na TV aberta regional. A culpa por todas as mazelas ilheenses, segundo Jabes, é da antiga gestão municipal. E não se fala mais nisso.
Tal discurso, somada a informação de que o citado gestor já comandou a cidade em quatro mandatos, é, literalmente, uma tripudiação à inteligência do ilheense e uma afronta àqueles que acompanham a história política recente de Ilhéus.
Mas é isso. Como diria um antigo e sábio dito popular: “Não há rei sem súditos”.