Estudantes do CEEP do Chocolate Nelson Schaun entraram em contato com a redação do Site Ilhéus 24h para denunciar uma nova determinação da gestão escolar que proíbe o uso de calça jeans preta, exigindo exclusivamente a cor azul escuro. A medida, segundo os alunos, foi comunicada de forma abrupta e passará a valer já na próxima segunda-feira (24), impedindo a entrada de quem não estiver com o uniforme conforme a exigência.
A decisão gerou indignação entre os discentes, que apontam dificuldades financeiras para adquirir uma nova peça em tão pouco tempo. “Muitos não têm condições nem para comprar uma mochila nova. Às vezes, a calça é doada, e agora estão nos impedindo de entrar na escola por causa dessa exigência absurda”, relatou um estudante.
O impasse se agravou com relatos divergentes sobre a aplicação da norma. Enquanto alguns alunos afirmam que o vice-diretor garantiu que aqueles sem condições financeiras poderão continuar frequentando as aulas normalmente, outros estudantes que participaram de uma reunião recente alegam que a proibição foi reforçada. “Ele disse que o prazo é até segunda-feira e que, se alguém for de calça preta, não entra na escola”, afirmou um aluno presente na reunião.
A exigência tem como base a Portaria do Fardamento nº 0557/2011, publicada no Diário Oficial de 27 de janeiro de 2011, que estabelece diretrizes para o uniforme da rede estadual de ensino da Bahia. No entanto, a portaria não especifica uma proibição direta ao uso de calça preta, determinando apenas que o fardamento deve incluir calça azul escura, tipo jeans ou similar.
Diante da situação, os alunos cobram intervenção do Núcleo Territorial de Educação (NTE5), da Secretaria Estadual de Educação e do governador Jerônimo Rodrigues, para garantir que a decisão da escola não prejudique o direito à educação de ninguém.
Além da exigência da calça, os estudantes também denunciam outro problema: a transparência da blusa do uniforme feminino. Segundo eles, o tecido fino causa desconforto, especialmente para as alunas, que se sentem expostas e inseguras ao usá-lo.
A comunidade escolar agora aguarda um posicionamento oficial da direção do CEEP do Chocolate Nelson Schaun sobre o caso. Enquanto isso, os estudantes seguem mobilizados para garantir que nenhuma regra venha a ferir sua dignidade e seu acesso à educação.
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