Na última quinta-feira (14), um avião de pequeno porte caiu na zona rural de São Sebastião do Passé, resultando na morte do piloto da aeronave. Esse incidente marca o quinto acidente aéreo registrado na Bahia apenas neste ano. Antes mesmo do término de março, o estado já superou os registros de todo o ano de 2023, conforme dados divulgados pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), órgão administrado pela Força Aérea Brasileira (FAB).
Um dos acidentes mais trágicos deste ano ocorreu em Barreiras, onde uma aeronave caiu, resultando nas mortes dos pilotos Lucas Borba Santana e Matheus Bransford, além do pai deste último, Jackson Bomfim, todos residentes de Ilhéus. Este acidente se soma aos outros quatro já registrados, representando uma preocupação crescente em relação à segurança aérea no estado.
Segundo informações fornecidas pela FAB ao Metro1, dois dos quatro acidentes deste ano não resultaram em fatalidades, enquanto em um terceiro incidente, ocorrido em Barreiras, três pessoas perderam a vida, incluindo um tripulante e dois passageiros.
A Bahia ocupa atualmente o quinto lugar no ranking nacional de ocorrências aéreas em 2024, com um total de 52 incidentes. Esse número coloca o estado atrás do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo, este último liderando a tabela com 137 casos registrados.
Em meio a esses desafios, o professor adjunto do Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Guilherme Begnini, explicou o processo de fiscalização no setor aeronáutico. Begnini ressaltou que as aeronaves autorizadas para voos comerciais atendem a critérios rigorosos de segurança, com monitoramento da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
O professor, que possui doutorado em Engenharia Aeronáutica pela Universidade de Manchester, destacou a segurança das aeronaves em comparação com outros meios de transporte, como carros e ônibus. Ele enfatizou que, embora um acidente aéreo possa resultar em um número maior de fatalidades em comparação com acidentes rodoviários, as estatísticas indicam um menor número de mortes em acidentes aéreos.
