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BOLSONARO SANCIONA ORÇAMENTO COM VETOS, E O CENSO NÃO OCORRERÁ EM 2021

A defasagem do Censo, que já dura onze anos, dizem especialistas, pode minar políticas públicas para os próximos anos.

O secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, informou nesta sexta-feira (23) que o Orçamento de 2021 não traz recursos para a realização do Censo Demográfico e que, portanto, a pesquisa será adiada. “As consequências e gestão para um novo Censo serão comunicadas ao longo deste ano, em particular em decisões tomadas na Junta de Execução Orçamentária”, declarou o secretário.

O Orçamento 2021 foi sancionado, com vetosnesta quinta-feira (22) pelo presidente Jair Bolsonaro. Foram vetados, por exemplo, R$ 7,9 bilhões em despesas facultativas (discricionárias) do Executivo. Também houve vetos a emendas parlamentares, sendo R$ 10,5 bilhões do tipo emenda de relator e R$ 1,4 bilhão de comissões do Congresso.

Na tramitação do Orçamento no Congresso Nacional, os parlamentares já haviam cortado os valores destinados ao Censo, de R$ 2 bilhões para R$ 71 milhões. Por lei, o Censo deve ser realizado a cada 10 anos. O último foi feito em 2010. A pesquisa de 2020 foi adiada devido à pandemia, e o dinheiro foi usado no combate ao coronavírus.

“Sem o Censo em 2021, as ações governamentais pós-pandemia serão fragilizadas pela ausência das informações que alicerçam as políticas públicas com impactos no território brasileiro, particularmente em seus municípios. É o que afirmaram a presidente do IBGE, Susana Cordeiro Guerra, e o diretor de Pesquisas, Eduardo Rios-Neto.

Ao mesmo tempo, as provas do concurso IBGE estão marcadas para o mês de maio, nos dias 2 (agente de pesquisas e mapeamento e supervisor de coleta e qualidade) e 9 (agente de pesquisas por telefone e supervisor de pesquisa), no turno da tarde, das 13h às 17h. Os exames serão realizadas nas cidades que contam com vagas.