Uma capivara, um influenciador, uma deputada e uma ativista da causa animal protagonizaram uma polêmica recente que teve repercussão nacional. O influenciador em questão é Agenor Tupinambá, de 23 anos, que ganhou fama nas redes sociais ao compartilhar a rotina de uma capivara que mantinha como animal doméstico e à qual deu o nome de Filó. O conteúdo fez tanto sucesso que um vídeo chegou a ter 83 milhões de visualizações no TikTok e 2,1 milhões de seguidores no Instagram.
Porém, em 18 de abril, Agenor foi notificado pelo Ibama após denúncias de abuso, maus-tratos e exploração animal e multado em R$ 17 mil. Ele também foi obrigado a apagar todos os vídeos que havia publicado com Filó. A deputada estadual Joana Darc (União Brasil), defensora da causa animal, saiu em defesa do influenciador e reforçou que Filó vive livre em seu habitat natural.
No entanto, na última quarta-feira (26/4), a ativista Luísa Mell acusou Agenor de maus-tratos contra um porco em um vídeo de um rodeio postado pelo influenciador no ano passado. Agenor respondeu com uma nota de esclarecimento sobre o vídeo e entregou Filó ao Ibama na quinta-feira (27/4). A polêmica dividiu opiniões dentro e fora das redes sociais e envolveu também o Ibama e a deputada estadual Joana Darc.
Luísa Mell e Agenor Tupinambá continuaram trocando acusações pelas redes sociais, enquanto a polêmica ganhava ainda mais repercussão na imprensa e entre os internautas.
No domingo (30/4), a deputada Joana Darc publicou um vídeo em que aparece ao lado de Agenor e da capivara Filó, anunciando que o animal havia sido devolvido ao estudante após o Ibama constatar que não havia irregularidades na criação e na manutenção da capivara.
“A capivara Filó está de volta para casa, aqui na propriedade do Agenor, onde sempre viveu”, afirmou a deputada.
O Ibama, por sua vez, informou que a devolução da capivara foi autorizada após a comprovação de que o animal foi criado em cativeiro antes da publicação da nova legislação ambiental.
Ainda assim, a polêmica não acabou. Luísa Mell publicou um novo vídeo em que critica a atuação do Ibama e da deputada Joana Darc, afirmando que a devolução da capivara “é uma vitória do absurdo e da ilegalidade”. Para a ativista, a criação de animais silvestres em cativeiro é ilegal e contraria as leis ambientais brasileiras, que buscam proteger a fauna e a flora do país.
A polêmica também gerou debates sobre a influência dos influenciadores digitais na conscientização ambiental e sobre a necessidade de se respeitar as leis e os direitos dos animais.
Além disso, a história da capivara Filó e do influenciador Agenor Tupinambá chamou a atenção para a importância de se discutir e promover a preservação da biodiversidade brasileira, especialmente na região da Amazônia, um dos principais biomas do país e do mundo. Informações: BBC NEWS.