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CSP-CONLUTAS EMITE NOTA DE REPUDIO CONTRA CORTE SALARIAL DE PROFESSORES EM GREVE

Professores seguem em greve desde o início do mês de Abril. FOTO: Radio UESC

Na semana passada, no dia 26 de abril, o governador Rui Costa decidiu pela suspensão dos salários dos professores em greve nas Universidades Estaduais da Bahia (UEBA), a situação gerou revolta na classe que se encontra em greve desde o dia 15 do último mês. 

A Central Sindical Popular divulgou nesta semana uma nota de repúdio a ação considerada como “autoritária” do governo do Estado. Confira abaixo.

A Secretaria Executiva Estadual Bahia da CSP-Conlutas vem a público manifestar seu veemente repúdio ao corte de salário anunciado pelo governador Rui Costa às(aos) professoras(es) das Universidades Estaduais da Bahia que estão em greve desde o dia 9 de abril (Uefs, Uneb e Uesb) e 15 de abril (Uesc).

As/os docentes estão em greve por mais orçamento, pelo respeito aos direitos trabalhistas; pela revogação da alteração estatutária que reduz o tempo das atividades de pesquisa e extensão; pela ampliação do quadro de vagas; pela valorização salarial e contra o maior arrocho salarial imposto pelo governo do Estado em 20 anos; contra o aumento da alíquota previdenciária e a precarização do plano de saúde dos servidores públicos, o Planserv.

Sem conseguir abrir um canal de interlocução com o governo do estado desde 2016, os professores lançaram mão do instrumento da classe trabalhadora para forçar o governador a negociar a pauta de reivindicações do movimento docente: a greve. Por conta da sua deflagração, o governo anunciou o descontingenciamento de parte da verba confiscada em 2018 e a promoção na carreira de parte dos docentes, o que é insuficiente. Por seu lado, ao invés de negociar efetivamente a pauta de reivindicações, o governador Rui Costa optou por distorcer as informações no intuito de colocar a população contra os professores. Não satisfeito, anunciou, em um veículo comunicação, a suspensão do pagamento dos salários dos professores em greve. Essa atitude representa uma prática antissindical que deve ser veemente repudiada e condenada pelo conjunto da Classe Trabalhadora: cortar salário de trabalhadores em greve!

Manifestamos nossa irrestrita solidariedade aos professores das 4 universidades estaduais da Bahia que estão em greve, instamos o governador do Estado da Bahia, Rui Costa, a negociar efetivamente com o movimento grevista e revogar a decisão autoritária de suspender o pagamento dos salários.

Secretaria Executiva Estadual da CSP-Conlutas/Bahia em defesa, junto aos professores das Universidades Estaduais da Bahia, de uma universidade pública, gratuita e socialmente referenciada!