Ultraleve usado pela empresa de publicidade aérea é registrado em nome do presidente do aeroclube de Ilhéus.
Segundo informações chegadas à nossa redação, a empresa “Bahia Fly Summer”, que oferece serviços de publicidade aérea em um ultraleve, em Ilhéus, está ferindo o Regulamento Brasileiro de Homologação Aeronáutica (RBHA 130).
De acordo com tal regulamento, “nenhuma pessoa pode operar um veículo ultraleve, para prestação de serviços remunerados não relacionados a instrução de pilotagem”.
A denúncia reitera que, segundo a Associação Brasileira de Ultraleves (ABUL), é terminantemente proibida a utilização de veículo ultraleve para fins comerciais, já que eles não passam pelos rigorosos processos de homologação, não demonstrando assim total confiabilidade.
Segundo a página da Bahia Fly no Facebook, a empresa oferece voos panorâmicos, por R$ 100, além de aeropublicidade sem aeronave homologada para tal fim, e sem autorização dos órgãos pertinentes. “Será que seus pilotos e profissionais têm condições mínimas de exercer a atividade?”, questionou um dos autores da denúncia.
Todas essas denúncias foram encaminhadas no dia 27 de janeiro de 2014, à Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), sob o protocolo de número 6347.2014, e serão encaminhadas ao Ministério Público.
Para piorar ainda mais a situação, todas essas irregularidades estão supostamente sob a convivência do aeroclube de Ilhéus. Já que, segundo a denúncia, o ultraleve usado na publicidade irregular, possui como operador a citada entidade, que, diga-se de passagem, é filantrópica, e o proprietário da aeronave seria o próprio presidente do aeroclube, o Sr. Alexandre Mendes Reis.
Vale ressaltar que entidades filantrópicas são isentas de pagamento de impostos. Logo, se uma realiza serviços privados, está indo de encontro à lei.
Em resposta a uma postagem do site Arquivos Aeronáuticos, o presidente do aeroclube de Ilhéus afirmou : “Estou à frente de uma instituição publica e sem fins lucrativos que existe há 70 anos, prezando e mantendo uma reputação lícita e ilibada. É com grande tristeza que vejo essa noticia vinculando o nome do aeroclube a uma empresa que sequer existe. Afirmo que o aeroclube esta tomando as providências cabíveis para este caso, procurando, inclusive, reparos pelos danos causados à sua imagem. Estando sempre a disposição para esclarecimentos”.
Vale ressaltar que, segundo denúncia, a prefeitura de Ilhéus contratou a Bahia Fly para a campanha do IPTU desse ano. Sendo assim, deve existir uma nota no setor municipal de tributos pelo pagamento dos serviços prestados. Se a citada empresa, de acordo com o presidente do aeroclube não existe, a nota pelo pagamento do serviço de publicidade foi emitida em nome de quem?
Eis a questão…
O espaço está aberto para que a Bahia Summer Fly e o aeroclube de Ilhéus se manifestem.
Porque a notícia não para 
