Moradores e comerciantes estabelecidos no município de Ilhéus, entre os bairros São Miguel e São Domingos, sofrem e não é de hoje com a degradação em um trecho de quatro quilômetros situado na Zona Norte devido avanço da maré.
Nessa quinta-feira (29) depois das fortes chuvas que estavam previstas e aconteceram em Ilhéus a maré voltou a avançar, “De ontem pra hoje fez estrago por lá” disse uma moradora que informa ter caído vários coqueiros na região.
A Defensoria Pública do Estado da Bahia – DPE/BA em setembro do ano passado encaminhou um ofício ao município em busca de informações sobre o eventual plano de recuperação das áreas degradadas e as medidas emergenciais adotadas para conter tal avanço, que destrói residências e cabanas de praias.
No documento, a Defensoria destacou a existência de estudos os quais apontam que a construção do Porto do Malhado é responsável pelo avanço da maré, causando impactos socioeconômicos e ambientais nos bairros São Miguel e São Domingos. Defensor público coordenador da 3ª regional da DPE/BA, sediada em Ilhéus, Leonardo Couto Salles encaminhou o ofício à prefeitura e também lamentou a situação da Zona Norte.
“Há vários anos, moradores e comerciantes sofrem com a destruição de suas casas e de estabelecimentos comerciais em virtude do avanço do mar, possivelmente por conta da ausência de um prévio estudo de impacto ambiental quando da construção do Porto do Malhado. Até o momento, todos estão sem respostas efetivas das autoridades, inclusive no que diz respeito à reparação dos prejuízos causados na localidade”, explicou.
A prefeitura adotou algumas medidas preventivas como a instalação de pedras em alguns pontos da região, mas estas não estão sendo suficientes para barrar o avanço da maré. Os habitantes locais também instalaram contenções com pedras e sacos de área, por vezes adotando recursos próprios, para conter os danos, sem sucesso.
Da Redação