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DESCARTE IRREGULAR DE LIXO É ALVO DE AÇÃO CIVIL EM BUERAREMA

FOTO: Divulgação

Por manter em local inadequado os resíduos sólidos recolhidos na zona urbana de Buerarema, 464 km de Salvador, o Ministério Público estadual (MP-BA) abriu uma Ação Civil Pública contra a administração municipal, ajuizada dia 11 de setembro.

Baseada em relatório da fiscalização realizada pelo Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), que atestou as irregularidades, a ação aponta que a administração municipal está depositando o lixo recolhido na cidade em um local da zona rural, dentro da área de influência do Rio Macuco.

Na denúncia o promotor de Justiça responsável pela ação, Yuri Mello, destacou que Buerarema não tem política municipal de saneamento básico e de gestão de resíduos sólidos, ressaltando que a prática irregular está provocando poluição não apenas do manancial hídrico, mas em toda sua área de influência.

Conforme o promotor, o município é reincidente na prática irregular de poluição ambiental. Ele pontuou que em 2006 e 2008 o Ministério Público e os órgãos ambientais já haviam identificado lixões em pontos distintos da zona rural.

Proibição

Na ação o Ministério Público solicitou à Justiça, que, em decisão liminar, proíba a utilização deste local para depósito de lixo, em um prazo máximo de 30 dias. Neste mesmo prazo o município deve dar início à elaboração dos planos de saneamento básico e gestão integrada de resíduos sólidos.

A implementação destes dois planos, segundo o MP-BA, deve ocorrer em 12 meses, quando Buerarema deverá fazer a destinação correta dos rejeitos, com aterro sanitário licenciado por órgão ambiental.

Outra medida solicitada pelo promotor é a recuperação dos danos ambientais existentes no atual depósito, provocados pelo descarte irregular dos resíduos sólidos na área do rio, conforme atestado pelo Inema.

A ação do MP é consequência do inquérito civil aberto pela Promotoria Regional de Meio Ambiente, com sede em Itabuna, de acordo com as diretrizes do programa ‘Resíduos: do Lixão à Gestão Sustentável’.

FONTE: A Tarde